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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Qua | 29.04.15

Este dia, que foi teu..

Continuo a achar que não poderia haver dia mais perfeito para ser o teu aniversário. Assentava-te que nem uma luva. Como não te posso dar os parabéns, vou fazendo do Dia Mundial da Dança os meus dias todos. E tu estás sempre (mas mesmo sempre) comigo. 

Dói mais, hoje. Dói sempre mais. É sempre um misto de sensações, o 29 de Abril. Mas não posso fugir a ele (nem quero).

Por isso, esteja o tempo parado para ti ou não... Parabéns querida Madrinha <3 Obrigado por me inspirares e dançares comigo pela vida fora.

 

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Fotografia: Coreografía "Só mais uma vez...", da minha autoria, dedicada a ti há 3 anos atrás. 

 

Qua | 29.04.15

Dia Mundial da Dança

Dança...Por ti, passei mais horas em treinos do que em festas e saídas; por ti perdi amigos, mas ganhei outros; por ti, deixei de estar presente em muitos eventos familiares; por ti, tive dores no corpo que a maioria das pessoas desconhece; por ti, aprendi a lidar com o cansaço, a sede, a fome e a ter de aguentar; por ti, aprendi a organizar-me entre o estudo e a tua prática (por ti, acordei muitos dias às 5 da manhã e adormeci à 1 da manhã do dia seguinte... e repeti isto vezes sem conta, de seguida); por ti, ouvi muitos "é essa a licenciatura que escolheste? O que é que estás a fazer à tua vida?" e aguentei firme; por ti, tive de me fazer forte por dentro e por fora; por ti, ouvi muitos "nãos", muitos "não és suficiente", muitos "não chega"e ainda assim continuei a acreditar que me querias na tua vida; por ti, aprendi o que era o espírito de equipa, a competição saudável, a competição comigo mesma; por ti, chorei de alegria, de tristeza, de orgulho, de desânimo; por ti, vi alguém perder a vida em cima de um palco (e por ti, soube continuar); por ti, mudei de país por 6 meses; por ti, descobri-me a mim própria (o bom e o mau); por ti, tive dúvidas e fui duvidada; por ti, trabalho todos os dias; por ti, tive de aprender a acreditar em mim própria (porque mais ninguém o fará por mim); Não é fácil. Nada é fácil. Mas por ti, vale toda a pena do Mundo. Que todos possam ser movidos com tamanha força por uma paixão tão grande como aquela que te tenho. FELIZ DIA MUNDIAL DA DANÇA!!!

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Ter | 28.04.15

Não é dança, mas é estilo #2 Campanha Dia da Mãe - Bluebird

Está bem, está bem, o Dia da Mãe deve ser "quando o homem quiser"... Assim como o Dia dos Namorados, o Dia do Pai, o Dia da Criança, etc e tal. Mas não vejo o problema de mimarmos as pessoas que mais amamos num dia dedicado a elas. Desta vez, aproxima-se o dia da Mãe e como tal, a Bluebird fez questão de anunciar duas Campanhas para que as nossas mães possam sentir-se mais maravilhosas, amadas (e vaidosas) que nunca.

A marca ONE criou a "One Colors Mummy", um relógio giríssimo que dará um toque especial a qualquer estilo de Mummy que o use! Para além disso, temos a oportunidade de tornar esta prenda ainda mais especial com uma gravação na sua tampa, permitindo-nos assim expressar (em 30 caracteres, no máximo) o quão a vossa Mãe significa tudo. 

A Bluebird quis ir ainda mais longe, e na compra do relógio oferece-nos uma segunda tampa com gravação!

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Também a TASHI quer ajudar-nos a ser o mais creativos possível com a prenda das mulheres das nossas vidas, e anunciou que até 3 Maio, ao realizarmos compras com um valor igual ou superior a 100 euros, oferece-nos o colar "MOM", super casual e compatível com todos os estilos. 

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O amor que sentimos pelas nossas mães deve ser demonstrado, todos os dias... e elas, de facto, não necessitam de algo material para saber que as amamos, respeitamos e que valorizamos o dia dedicado a elas. Mas vá, há que admitir que um miminho destes de vez em quando também faz as delícias delas!

 

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Sab | 18.04.15

La Chana

Peço-vos que percam um pouco do vosso tempo com este caso, vindo diretamente de Espanha:

Antonia Santiago Amador (conhecida como La Chana) foi uma estrela a nível mundial que mostrou e inovou a arte da Dança Flamenca. Foi uma grande bailarina que se tornou de tal modo reconhecida, apreciada e respeitada, que foi convidada a ir para Hollywood para continuar a ascender na sua carreira.

No entanto, não foi. E pior do que isso, simplesmente desapareceu do mapa... tudo o que havia conquistado com o seu "sangue, suor e lágrimas" foi por água abaixo num ápice.

Gostava (e certamente que ela também) de poder culpar as circunstâncias da vida, ou até mesmo outros interesses e a escolha de um caminho diferente... mas não. A verdadeira razão pela qual esta mulher-bailarina (que tantos sacrifícios fez pela sua arte) abandonou os palcos, foi o seu primeiro marido. Antonia Santiago Amador foi vítima de violência doméstica durante 18 anos e viu-se obrigada a desistir do seu sonho e paixão pelo MEDO. 

Não é justo que outra pessoa dite aquilo que devemos ou não fazer. E não é justo que tente moldar-nos à sua visão com violência, seja ela verbal ou física. Gostava de poder dizer que não sei do que falo, mas infelizmente tenho uma micro (mesmo micro) ideia do que isto é (não é à toa que existem os EX namorados, não é verdade?)

Para ser muito sucinta, La Chana precisa da nossa/vossa ajuda. Depois de 30 anos parada, volta à Dança pela última vez, através de um Documentário produzido por uma equipa de produção que se interessou pela sua história. A grande dificuldade é o facto do documentário não ter o apoio financeiro que todos gostaríam, uma vez que o apoio às artes foi dos primeiros cortes a ser feito em Espanha depois de verificada a crise. 

Estão a ser recolhidos fundos para que a história da vida de La Chana possa ver a luz do dia (ou dos ecrãs, para ser mais precisa). Todas as demais informações de que necessitam estão neste site. Aqui podem ler os pormenores sobre a razão pela qual este Documentário TEM DE vir a público, as dificuldades com que se estão a deparar, o que necessitam para continuar, qual o caminho a ser percorrido até ao resultado final... e tem ainda a explicação de como contribuir monetariamente para que este projeto possa ter um final feliz. Existem até algumas regalias que poderão ter se contribuírem com alguns valores específicos (também isso está explicado no site). 

Se não puderem contribuir monetariamente, peço-vos que pelo menos partilhem. Partilhem muito! Há histórias que merecem ser divulgadas. 

Este não é um documentário sobre uma vítima de violência doméstica... é sobre uma mulher com um dom que foi obrigada a desistir de tudo por medo... mas que transformou o seu amor à Dança numa coragem desmedida para homenagear por uma última vez a sua arte. Nunca é tarde. 

 

 

 

Qua | 15.04.15

Pânicos e fanicos

 

 

 

Tal como já referi anteriormente, existem dois "panic times" na vida de um Professor de Dança:

 O Natal e o final do ano letivo.

Tendo já sobrevivido ao Natal, vem aí a "fera" maior.

Sete locais onde dou aulas... sete espetáculos de final de ano, de aulas abertas aos pais, de indumentárias personalizadas, de troca dessas indumentárias porque "ah e tal afinal prefiro o número acima", sete playlists para coreografar, mais de sete turmas para ensaiar (neste momento, cerca de 80 alunos), dúvidas existenciais, mil incertezas de estar cá na altura do espetáculo e mil pensamentos de "é melhor este ficar numa ponta para não haver confusão com os lugares se não puder estar presente!", muitos ensaios extra, alguns (vá, para não ser mentirosa, MUITOS) gritos e fanicos, carradas de "como é que consigo estar em três lugares ao mesmo tempo?"... e para ajudar à festa, no meio de tudo isto há ainda todo um projeto a ser lançado ao mesmo tempo e a necessitar do meu tempo, carinho e atenção... e ainda os ensaios do "Projeto nº2", o único em que deixo de ser professora para ser aluna... e uma coreografia que tenho de criar e ensaiar com um casal de pombinhos noivos que querem abrir a pista de dança do seu copo de água em grande estilo...  Ah, e mais formações, cursos e workshops em que achei por bem inscrever-me há algum tempo (em algum estado de graça ou momento zen em que de facto acreditei ser capaz de ainda enfiar mais um buraquito no meu tempo).

Não me queixo mais porque amo o que faço. Mas nestes momentos (e vá, sendo eu um animal alimentado por tudo o que é stress e ansiedade) acho que também tenho o direito de panicar.

Nenhuma psicóloga a querer patrocinar aqui a Ju? Psicólogas de todo o país (mundo, talvez) vão pensando no assunto, porque para o ano é tudo isto e a acrescentar talvez o "regresso à faculdade". 

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