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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Sex | 22.05.15

Sobrevivi!

É oficial, sou Instrutora de Zumba. Andei cerca de um ano e meio a tentar entender se queria (deveria) fazer realmente o curso. Não tinha bem a certeza se me identificava. Apesar de já ter feito algumas aulas e ter gostado bastante, não sabia se me imaginava ali, em cima de um palco/estrado/ou até mesmo no chão a transmitir aquela alegria, aquela motivação e amor ao exercício físico mixado com danças latinas. Mas depois deste tempo todo, e depois de (quase) um ano lectivo inteiro a dar aulas a crianças, adultos e afins (e apesar de serem aulas de dança) percebi que a modalidade não tem de moldar a minha vontade, EU é que tenho. Além disso, desde que comecei a pensar no assunto, perdi cerca de 5 kgs, o que me aumentou a motivação porque, neste momento, sinto-me melhor comigo mesma. Sou mais capaz de dar a cara, de usar o meu corpo para ensinar outros corpos, sinto-me mais motivada a este tipo de exercício e a mexer-me como só nas latinas podemos mexer-nos.

Portanto, já está! Curso de instrutores de Zumba Basic 1. Foi uma experiência maravilhosa, tal como já tinha referido ontem apesar de nessa altura ainda estar a metade do processo. Foi intensivo (não tinha como não ser), houve momentos duros, mas sempre com muita boa disposição à mistura e muita vontade de ali estar (da minha parte e da parte dos meus colegas e formador). Termino o curso com todo um novo respeito ao conceito Zumba, aos seus instrutores e à sua execução. Não que seja dificil, mas de facto há que pensar em todo o trabalho e processo que está por trás de cada coreografia que nos apresentam. Não é só ter criatividade para criar, mas sim criá-las com um objetivo específico associado ao trabalho muscular e cardiovascular sem trazer mazelas aos corpos que pagaram para vir fazer as nossas aulas. 

Estou muito satisfeita. Não me doi nada, mas sinto o cansaço a vir. E amanhã tenho a Sessão de Lançamento do meu livro, que tenho a certeza que mesmo com o cansaço de hoje, vai conseguir tirar-me o sono. Depois do dia de amanhã não estarei livre de muito trabalhinho, mas o que é certo é que tiro mil pesos de cima. Tal como no post anterior, peço-vos com muito jeitinho: desejem-me sorte! 

 

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 Eu e a Mariana com o nosso formador Hermann Melo

Qui | 21.05.15

Estou a sobreviver

Como já tinha referido aqui pela barraquinha do "Palavra", este ano pós-licenciatura tem servido não só para me tentar "encontrar" a mim mesma, mas tambem para investir mais no meu trabalho (investimento esse que, felizmente, tem dado muitos frutos. Trabalhar na nossa área é um privilégio que eu estou a ter a sorte de possuir). E como é que esse investimento tem sido feito? Óbvio que com muito trabalhinho, amor e dedicação... Mas uma das palavras chave tem sido também, na realidade, FORMAÇÃO. Formação nunca é demais seja em que área for, e seja antes, durante ou após faculdade. Comecei este ano lectivo por abrir o meu leque de possibilidades de aulas/modalidades a dar, com o curso de professores de yoga para crianças e, um pouco mais tarde, com o de yoga para bebés. Agora, e com o ano lectivo quase a terminar, tive de me render às evidências. Havia uma modalidade que andava a fazer-me comichão por andar a escapar ... Então ganhei "tomates" e vim finalmente fazer o curso para instrutores de Zumba (Basic 1). Estou no final do primeiro dia e posso dizer que apesar de após o almoço ter achado que a minha vida acabava ali (xD) sinto-me bastante bem e não me doi nada... Por enquanto! Estou a gostar bastante, mas sobre as minhas conclusões falarei quando (SE) sobreviver ao dia de amanhã. A formação está a ser num Hotel em Santa Iria, e ao contrário do que fiz nos cursos de professores de yoga, desta vez decidi mesmo pernoitar no dito Hotel em vez de ir para casa e voltar amanhã. Nao me compensava o valor da gasolina e assim pude afastar-me um pouco de todo o stress que tem trazido a sessão de lançamento do meu livro (é já este sábado!) e acordo mais tranquila, dirigindo-me directamente à formação, super focada e pronta para arrasar (nos primeiros 15 minutos xD). Desejem-me sorte!

Ter | 19.05.15

Os extremos (ridículos) do futebol

Desculpem lá, porque é cada maluco com a sua pancada... e eu cá tenho as minhas também. Mas o futebol a mim dá-me ainda mais vergonha de ser portuguesa. E porquê? Porque o português é capaz de sair à rua, gritar, espancar, insultar, torcer por um clube, levar crianças para o meio de uma tremenda selva, chamar a polícia de intervenção para a rua e até mesmo fazer parar os transportes públicos porque "há jogo"... mas não sabem fazer o mesmo num 25 Abril e defender o seu próprio país, aquele que está a cair aos bocados a cada dia que passa, aquele que já não lhes dá (supostamente) emprego nem qualidade de vida para as suas famílias. Portanto sim, o futebol dá-me ainda mais vergonha de ser portuguesa. Nestes dias, em que o facebook é banhado de "orgulho de ser de um clube merdoso qualquer", com fotos maravilhosas de um "mar (neste caso) vermelho", de grandes multidões e bebedeiras... lembro-me da ignorância de que padecemos todos. E atenção: eu nem gosto de política e ainda sou benfiquista. Por isso, não há desculpas, não é azia. É a minha opinião. E que venham de lá as pedras atiradas, bora! E o "Não importa porque o Benfica é campeão" ou "uma coisa não tem nada a ver com a outra", que a resposta será a mesma para todos: vão cagar lá pró Marquês e depois voltem à real... só não se venham queixar depois do país que têm." E PARABÉNS AOS JOGADORES do Benfica, porque esses é que lá andam a esfalfar-se para chegar a algum lado na vida deles. Não tenho nada contra a paixão por um desporto ou clube... tenho contra o extremo. Um extremo que era tão necessário para outros fins e nada necessário para este.

Sab | 16.05.15

Só para atualizar

A sério que vos amo de coração. A vocês e à vossa paciência, sentadinhos à espera que eu dê sinais de vida por estes lados (vamos fingir que o vosso grau de dedicação a este espaço é todo esse :P)

Vim aqui só mesmo dizer que me encontro bem, que não fui raptada, que ainda existo. Tendo de me repetir, ando cheia, cheia, cheia de trabalho. As aulas que dou estão mais intensas porque é o final do ano e o nível começa a ser outro (e nos entretantos ainda tive a sorte de iniciar outra turma de adultos, nesta altura do ano lectivo)... depois há sempre os ensaios extra para mil espectáculos finais... eu, enquanto bailarina, também vou tendo os meus próprios ensaios com a Companhia "Estrofe em Sonetos" (da qual falarei brevemente) e ao mesmo tempo, é todo um stress por causa do lançamento do meu livro. E por falar no lançamento, precisamente dois dias antes estarei a partir-me toda no curso de professores de Zumba que finalmente decidi tirar. Há que aguentar o ritmo, e a melhor forma de o fazer é ver e sentir o carinho e cumplicidade mútua entre mim e os meus alunos, e compará-la ao princípio do ano, quando iniciámos e ainda não nos conhecíamos (falando da maioria mas não na totalidade, porque alguns já vêm do ano passado). Começa a vir a nostalgia, e eu só espero que possa continuar a tê-los comigo no ano que vem, sem sequer pensar em "números e euros"... simplesmente porque esta malta (adultos e crianças) começam a mexer com o coração aqui da eterna lamechas de forma irreversível.

(Fica uma fotografia tirada hoje de manhã, na aula dos meus Hip Hop Kids)

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