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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Dom | 29.11.15

Sobre o meu Sábado

A fazer exercício físico, a conhecer pessoas maravilhosas, a ouvir muita música... a trabalhar :) Mais uma Masterclass de Zumba, desta vez no Barreiro, onde se juntaram os instrutores Cátia Pita, Elisa Damião, Andreia Durão, Eddy Silva e claro... eu :P Obrigado pelo convite! Trabalhar convosco foi um privilégio. Obrigado também a todos os que estiveram presentes e não se deixaram afetar pelo frio ou a preguiça :D 

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(fotografias de Carlos Karpas)

Sex | 27.11.15

Coração aquecido

Quando temos alunos que já acompanhamos há mais de um ano, começamos a reparar em algumas diferenças que, em comum, têm apenas um factor: o seu crescimento (normalíssimo). Não falando apenas na evolução e na aquisição de skills técnicos e/ou criativos que fazem sentido na minha área de ensino-aprendizagem, é mais de salientar o facto de mudarem o tipo de conversa que têm comigo e com os amigos; o facto de já não serem tão de abraços, beijinhos e desenhos (não porque não gostem de nós ou não se interessem, mas porque isso em demasia já lhes começa a soar estranho e porque estão sempre mais distraídos entre conversas e brincadeiras); já começam a fazer outro tipo de perguntas, as meninas começam a ir ver-se ao espelho e a distraírem-se com isso em vez de estarem atentas, os meninos começam a achar que determinados passos são "maricas", começam a chamar-me professora em vez de Joana (criando involuntariamente uma certa distância até na linguagem entre nós)... entre outras tantas coisas que prefiro não referir por achar que são mudanças que, quem não os conhece, não entende.

No entanto, e a propósito da tal situação do menor número de beijinhos, abracinhos e desenhos que recebo (obviamente, sem levar a mal porque também eu cresci e também eu sei ver que o que muda é perfeitamente normal), há dias como o de ontem em que me dizem: "Joana, continuo a ser a tua fã nº1" e que, deste modo, fazem o meu dia mais feliz.

Não que necessite de fãs. Mas porque, mais do que a palavra "fã", a palavra "continuo" aqueceu-me o coração. Para mim, foi quase como um "eu estou mais crescida e posso não te demonstrar tantas vezes, mas continuo a gostar de ti da mesma forma."

E isso, aqui para a Ju, significam o Mundo. Principalmente vindo de elementos daquela turma. Sou uma lamechas, e muito mais no que toca àqueles elementos, que são como parte de mim.

Obrigado, princesa bailarina. Também continuo a gostar (muito) de ti da mesma forma, mesmo quando digo "aiaiai vamos lá a parar de dar à língua e começar a dar aos pés". Continua a crescer, e bate as asas. Eu ajudo-te a voar <3

Sex | 27.11.15

Sobre a BlackFriday

A única parte boa dos últimos tempos em trabalhar só da parte da tarde/noite (sim, porque eu era uma pessoa ainda mais feliz se o meu trabalho fosse com um horário matinal, mas com a profissão que tenho não há jeitos de isso acontecer) foi que hoje levantei-me fresquinha e dirigi-me com o meu pai ao Fórum Montijo para cuscar a BlackFriday. Mais gente do que o habitual de se encontrar às 10h da manhã num fórum, é certo. No entanto, não houve o drama que se viu por causa dos 50% de desconto em brinquedos (pais à pancada por um último artigo e a roubar dos carrinhos de terceiros, a dar daqueles exemplos extraordinários aos filhos). Foi bastante tranquilo, deu para aprecisar tudo e ver o que valia de facto a pena ou não investir. 20% ou 35% não são propriamente os 80% da BlackFriday dos Estados Unidos, mas ainda assim houve coisas que compensaram bastante comprar, e despachei imediatamente muitas prendas de Natal (e muita coisa gira que queria para mim para este Inverno). Onde mais aproveitei foi na Zara, que tinha vestidos e macacões que com desconto deixavam-nos com menos dúvidas... e também na Oysho (robes, pijamas, chinelos), no Boticário (cremes) na Worten (só me escapou o Ipad Mini porque a minha consciência disse para não me deixar levar na euforia) e na Parfois (onde um colar de 12,95 passar a 10 euros deixa-nos logo com vontade), valeu mesmo a pena aproveitar. Vim carregadinha de sacos (ainda bem que tinha o meu herói comigo para me ajudar :P) Uma consumista nata (que por acaso não é algo que me seja característico). Soube bem, para aliviar o stress dos últimos tempos. A carteira também ficou mais leve, mas como eu sou a "miss poupadinha" e todos os meses tiro mais para poupar do que para aproveitar... que se lixe. Também mereço!

 

Algumas das aquisições Zara de hoje:

Imagem 1 de MACACÃO LARGO da Zara

Macacão curto, material inverno (de 25 euros para 19 euros.

 

Imagem 2 de VESTIDO JUSTO da Zara

Vestido midi justo, de manga comprida: de 12,95 para 10 euros.

 

Algumas aquisições Oysho de hoje:

Robe estrelas (de 20 euros para 14 euros)

Chinelos fechados estrelas (de 13 para 10 euros)

 

Entre outros :) Não foram os maiores descontos do Mundo, mas todo o desconto faz a diferença ;)

Ter | 24.11.15

"Se os dias tivessem mais 24 horas"... e se eu as aguentasse sem cair para o lado

Por mais que me tente prevenir, por mais que adiante trabalho e por mais que tente manter o controlo... chega esta "época natalícia" e o novelo começa a emaranhar. O ano passado perguntava-me como raio iría conseguir chegar a todo o lado entre espetáculos de Natal, masterclasses, aulas abertas à família, indumentárias para ir buscar (e trocar, e voltar a ir buscar), autorizações para receber (posições coreográficas a mudar, a voltar, a acontecer), ensaios extra, mil músicas, mil misturas de músicas para as demonstrações, mil coreografias (felizmente que tenho "alunos assistentes" que nesta altura se lembram melhor delas do que eu, que baralho todas), e portanto mil coisas para enfiar na agenda.

Este ano juntam-se as idas (de novo) à faculdade, os exames, os trabalhos individuais, os trabalhos de grupo, as tarefas, as tutorias, e por norma, o estudo intensivo.

Não estou quase a cair para o lado, mas sair da cama já começa a custar. Principalmente quando se mete este frio pelo meio e o Sol vai embora tão cedo.

Nunca desejei tanto ter aqueles 10 dias em casa no Natal (bem, que se converterão em estudo e trabalhos para a faculdade na mesma, mas ainda assim... significará que "o pior" da época já passou. E que posso minimamente respirar para recuperar e voltar a ter esta sensação (ou pior) daqui a uns meses, no final do ano letivo xD

Haja trabalho!

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Dom | 22.11.15

Quando, mesmo sem querermos, somos dominados pelo medo

Não é novidade nenhuma para ninguém (sejam amigos, familiares, leitores do blogue ou conhecidos das redes sociais) que sou uma aficcionada por viagens e que não as faço mais por falta de tempo e dinheiro.

Sou menina para juntar algum durante o tempo que for necessário, para voltar a viajar. E é o que tenho estado a fazer desde Janeiro passado: juntar para fazer uma viagem com o meu namorado, daquelas "grandes" (digam-se dispendiosas e longíquas) como foi a do México há dois Verões passados. Pelo meio já fomos a Paris, levámos o meu irmão a Londres e pretendo muito brevemente voltar a Málaga (a minha "casa" durante o programa ERASMUS no Conservatório de Dança, do qual tenho imensas saudades) mas, ainda assim, lá está guardado o dinheirinho para a "Grande Viagem", que começou por ter como intenção o destino Nova Iorque, que (por motivos de incompatibilidade com os gostos do João) passou a ser Tailândia, que devido às monções na altura em que podemos marcar férias, passou a ser Bali. Tudo muito bem, tudo muito certo. Até que vieram os f-i-l-h-o-s-d-a-p-u-t-a-n-o-j-e-n-t-o-s-s-á-d-i-c-o-s-p-r-e-v-e-r-s-o-s-m-o-n-s-t-r-o-s-d-e-s-u-m-a-n-o-s  dos terroristas para me começar a atazanar os planos.

Razão? Medo. Puro medo. Terroristas sempre houveram, assim como todo o tipo de desgraças, sejam elas provocadas pela raça (des)umana ou pela ira da natureza. E sei que se pensarmos assim, nunca sairemos da concha. Mas temos que admitir que a situação está descontrolada. E tão constante, que assusta. E o que se segue parece ser tão óbvio, que desejamos estar enganados.

Tenho-me debatido imenso com isto. Com a minha vontade de viajar, aliada a este novo medo de o fazer, tendo como consequência uma frustração desgastante por estar submersa neste dilema. 

Sei perfeitamente que o conteúdo deste post poderá despertar algumas opiniões como "que egoísta, tanta desgraça a acontecer e o que te faz comichão é não viajares". Tudo certo. Mas foquemo-nos aqui na razão deste post existir: O facto de, em tantas alturas da nossa vida, sermos movidos pelo medo, que nos anula a oportunidade de viver experiências maravilhosas que podíamos ter vivido. E é horrível que esse medo (que sei perfeitamente não ser só meu) esteja por detrás de uma situação destas.

Já pensei em todos os lugares e mais alguns que quero visitar, sejam eles sinónimo de "grandes viagens" ou "mais pequenas". Já abri os meus horizontes até a sítios que nunca pensei querer ver. Mas o medo consome-me. Se não é o facto de andar de avião, é o destino em si que é propício a estas coisas...e vice-versa.

Neste momento, como nunca na minha vida, sinto que não estamos seguros em lado nenhum. E que prefiro não arriscar (eu, que me sinto tão viva a fazê-lo) É triste, tenho um lado de mim que me diz que sou ridícula, que não estou a ser racional.

Mas e se estiver?

Maior que a raiva que tenho por exterminarem inocentes em prol de uma religião (religião essa que, ironicamente, tambem está a ser vítima de más interpretações)... é a raiva que tenho por conseguirem que, em todo o mundo, hajam vivos impedidos de VIVER.

Jurei que nunca mais tocaria neste assunto. Que para sensacionalismos, já basta a lavagem cerebral que nos tem dado o facebook com notícias e desfechos, uns mais verdadeiros que outros. Mas tive de tocar.

Nunca a palavra PAZ teve tanto valor e peso para mim. 

É tudo o quanto quero, neste Natal que se aproxima. Paz no Mundo e Paz de espírito.

 

 

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