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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Seg | 31.07.17

"Amor, vou casar contigo" #3 - A questão dos apelidos

Uma das perguntas que imediatamente me fazem em qualquer conversa que tenha sobre o meu casamento, é se vou ficar com o apelido do João. E o facto da resposta ser "não" ainda causa alguma estranheza (ou surpresa) a algumas pessoas.

Para muita gente, o ato de "casar" (traduza-se "casar" ao ato de assinar um papel de compromisso, seja religioso ou apenas civil) ainda é um ato de "tradição". E é, de facto. No entanto, o que muita gente ainda não se deu conta (e falo a sério, não estou a tentar elevar o meu nível de sarcasmo), é que casar já não implica necessariamente levar a tradição à letra. A mulher, felizmente, já começa a ser vista como um ser humano igual (nem inferior nem superior... IGUAL) ao homem, e é assim que deveria ter sido sempre. Porque é que eu seria obrigada a adotar o nome do meu "marido" e o meu "marido" ficar impávido e sereno com tudo na mesma? Porque é que tenho de optar pela mudança de identidade de mais de um quarto de século como Joana Duarte, para passar a ser a Joana Ribeiro? 

"É só um nome".

Pois é. É só um nome. Em nada muda adquiri-lo, como em nada muda se cada um mantiver o seu. O importante é que não anulamos nenhum, certo? Hoje em dia, também se poderia dar o caso contrário: o de ele querer adquirir o meu. Mas não quer, e eu compreendo-o perfeitamente. Para quê? Não me prova mais amor por se tornar no João Duarte, ou no João Duarte Ribeiro. A única forma de me ver adotar o nome dele, seria se ele quisesse também adotar o meu. Ficaríamos assim, de igual para igual, lado a lado, como em tudo na vida. Mas, não querendo (o que eu respeito) cada um fica com o nome com que os respetivos pais os registaram no seu nascimento. Também não é bonito? Os atos de amor durante um casamento (e leram bem... durante!) terão de ser só entre os respetivos noivos?

Esta é a minha (nossa) decisão quanto aos apelidos. Vale o que vale. As outras todas são igualmente bonitas. O que é bom hoje em dia é isto: há as mais variadas opções no que diz respeito ao nome. E agradeço imenso à EVOLUÇÃO dos tempos que assim o seja, e que haja compreensão suficiente para entender que, casando com alguém, tornamo-nos um só mas continuamos a existir enquanto seres distintos e individuais. 

 

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Ter | 25.07.17

Camping Galé

Já andava a desesperar por uns dias fora daqui. Andava difícil, comigo a trabalhar cerca de 12 horas por dia e com as incompatibilidades de horário com o João e com os nossos amigos. Apanhei-lhes um fim de semana livre e, na impossibilidade de outra coisa qualquer... siga campismo!

Posso mesmo dizer que este fim de semana valeu por mil. Recarregar baterias, descontrair, praticamente sem wi-fi (ainda que me tenha feito alguma "comichão", tal não é o vício, ainda bem que assim foi), sem relógio no pulso, estar com os amigos e com o namorado-noivo, sentir o cheiro dos pinheiros, ouvir o barulho das ondas, ver o pôr do sol e olhar para as estrelas. Não há melhor!

By the way, o Camping da Galé tem feito alguns melhoramentos ao longo dos anos, e se da última vez que lá fui saí desiludida por sentir aquilo um pouco ao "abandono" no que diz respeito principalmente à animação, creio que se redimiram. Já há outra vez um planeamento de atividades diurnas e eventos noturnos, fizeram algumas remodelações em infra-estruturas (acrescentaram inclusive um Glamping sobre o qual ainda vou querer pesquisar), o check in está mais simples que nunca e está tudo impecável, inclusive para quem tenha bebés. Os nossos amigos levaram a sua pequena e em momento algum sentimos que o parque não estivesse apropriado ou adaptado a crianças. EXCEPTO, claro, naquela subida/descida do demónio para a praia. Não é para corações fracos, de todo. 

 

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Seg | 24.07.17

Perguntas mais feitas dos últimos tempos #1 : Desististe do teu canal de Youtube?!

Das perguntas que mais me têm feito nos últimos tempos relativamente a este meu "hobbie-que-levo-a-sério" é se desisti do meu canal do Youtube do "Palavra de Bailarina". 

Na realidade, não desisti. Pus em "stand by" por um tempo que não sei dizer qual será. Poderá ser de um ano, dois, três. O que for necessário. Porque a verdade é que só gosto de gravar quando me sinto bem e sem problemas em expôr-me em vídeo (que considero uma exposição bem maior do que qualquer fotografia). E também porque não tenho tempo para fazer as coisas como quero, evoluir na edição (a parte que mais adoro), no conteúdo... quando me meto em algo, seja hobbie ou não, gosto de sentir que existe evolução possível. E quando falo em evolução, falo nas minhas próprias capacidades e competências, não de número de seguidores, de visualizações, de reconhecimento, ou cenas que tais (neste caso).

Adoro o Youtube. Continuo mega fã da "Maria Vaidosa" e gosto de ver os vídeos de outros tantos, assiduamente. Mas, de momento, não tenho tempo nem capacidades para fazer parte desse mundo, mesmo em hobbie. Talvez não esteja destinado, ou talvez o Universo esteja a dizer-me que o meu tempo não é agora. Estou de bem com isso.

Podem ficar também :) 

Ainda assim, este é o link, para quem não conhece:

https://www.youtube.com/channel/UCaXj3YRzJJCQOORY8TLxatg/videos

 

 

Seg | 17.07.17

(Re)nascer

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Podia começar este post por pedir desculpa a quem gosta de ler este Blog... isto porque a minha ausência tem sido grande (enorme). Mas não o vou fazer. Porque não tenho desculpas, tenho motivos. 

Não me levem a mal, não é nada pessoal. Nem convosco nem com ninguém. Tem sido comigo, com as circunstâncias/azares/merdas/injustiças da vida que decidiram vir todas juntas e que me têm assombrado os dias.

Para tentar ser mais explícita, e como entenderam pelo meu último post antes deste, para além do atropelamento/falecimento da minha gata, estava à espera do falecimento da minha coelha Tambor, companheira de 7 anos. E pela minha ausência, deu para entender... aconteceu mesmo. E aconteceu depois de uma dolorosa semana entre veterinários, medicações, internamentos e medidas desesperadas para a fazer comer, beber água, andar. Em vão. A Tambor foi ter com a Bolota ao céu (ou algures). E assim foram duas patudas que perdi no espaço de um mês.

Depois, uma das pessoas que mais amo adoeceu. Não vou dizer como nem porquê. E não sendo nada de fatal, posso dizer que trouxe dias muito maus para juntar à festa. Ainda estamos no caminho das melhoras. Ainda há algum caminho a percorrer. Dias melhores e dias piores.

No meio de tudo isto... um segundo ano da segunda licenciatura para terminar, e um espetáculo em vias de ser apresentado, tendo à minha responsabilidade 75 alunos, entre os dois e os 17 anos. Correu lindamente, dentro dos possíveis, dados todos os fantasmas a rondarem a minha cabeça. Mas desse espetáculo e do orgulho que foi, falarei num outro post.

Isto tudo para vos explicar o que aconteceu para ter andado desaparecida, não para me desculpar. E não me entendam mal, ainda não estou bem. Sou a primeira a admiti-lo, sem ter qualquer tipo de pena de mim própria. Não somos nada se não aprendermos a enfrentar as adversidades da vida. E às vezes é fodido vem tudo junto sem avisar.

Ontem fiz anos. E pela primeira vez, não queria muito fazê-los. Não vi o tempo passar, não me mentalizei que ia fazer um quarto de século e não me sentia com o humor de quem é aniversariante e está a meio dos seus 20's. Mas aceito-o. Ontem fiz anos. Fiz 25. E apesar de não me sentir no meu melhor espírito, sinto-me grata. Passei-os a trabalhar, rodeada de crianças, não dancei porque neste caso não é isso que me compete, mas fui acarinhada. Hoje não pude ter jantar de aniversário com todos os amigos porque estava cansada e amanhã vou trabalhar cedo, mas fui jantar com a família onde algumas vezes gostamos de ir. Ao namorado-noivo calhou um turno de bosta que o fazia chegar a casa às 22:30h, mas às 22:30h preferiu estar antes à porta da minha para me dar um beijo, duas prendas e cantar-me os parabéns com um bolo que os meus pais e mano mandaram fazer de surpresa para mim. 

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Tudo isto para resumir: Hoje volto ao blog. E volto porque, apesar de não estar no meu melhor, sinto-me grata pelo que tenho, pelas pessoas que me rodeiam e pelo que faço (profissionalmente e como hobbie). Ontem, que fiz 25 anos, já tenho idade e responsabilidade para mais escolhas, e hoje escolho parar de choramingar sozinha, parar de afirmar falta de inspiração e paciência e escolho insistir no Blog. Porque me faz bem, porque é parte de mim, porque escrever é terapêutico e porque esta "barraquinha" não merece estar ao abandono.

Por isso, hoje o "Palavra" renasce e eu (ainda que um pouco à força) renasço com ele. No fundo, sou a mesma... Com a diferença de que tenho 25 anos e estou mais forte.

Siga em frente... sempre, sempre, sempre em frente *

 

PS: Obrigado a todos os que tornaram o meu dia mais especial, com abraços, miminhos, palavras, gestos, dedicatórias de me levar às lágrimas. Quem temos ao nosso lado é, de facto, o que mais importa <3 

 

 

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