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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Seg | 03.02.14

"A rapariga que roubava livros"

Ante-ontem, depois de um dia de estudo intensivo, o namorado desafiou-me a irmos ao cinema, à sessao da meia noite. O filme eleito foi "A rapariga que roubava livros", que me intrigou por se passar durante a 2a Guerra Mundial e ter como tema central uma menina e o seu gosto insáciavel pela leitura (algo que também a mim me atinge).

E sobre o filme só tenho a dizer: dos mais tocantes e envolventes que vi até hoje. Genial, todo o enredo, todo o ambiente de guerra paralelo à vida quotidiana da pequena vila alemã, todo o elenco, todo o guião...

A narrativa é feita, do principio ao fim, pela Morte, e retrata a vida de uma menina que, em sua tenra idade e em tempos de conflito, é deixada numa familia adoptiva após a morte do seu irmão mais novo e da fuga da sua mãe, comunista.

Esta menina tem um gosto muito grande pelos livros, mas... não sabe ler nem escrever. E será em tempos áusteros de guerra que o seu pai adoptivo a ensinará a fazê-lo. Pouco depois, já devidamente instruída, o seugosto pela literatura aumenta, mas é impossível de alimentar depois da ordem de Hitler para queimar todos os livros (supostamente existentes). Ao mesmo tempo que isto acontece, um judeu escondido na cave da sua casa ensina-a o poder e a beleza da escrita criativa. Contra tudo e todos, a sua avidez por conhecimento vai dando os passos que pode, ainda que na presenca de muita violência, austeridade, medo e perdas. 

A partir daqui, nada conto. Vejam, a sério. É um filme daqueles que dá vontade de ver again and again, mas que não temos coragem de o fazer para não nos voltar a partir o coração em pedaços, que nem bomba londrina em território alemão.

 

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