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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Sab | 27.07.13

Vicente


Acho que está mais do que provado de que sou uma "baby addicted". Aliás, quem me conhece e convive comigo sabe que basta eu sair à rua e engraçar com uma mini criatura com dentes por nascer, a dar passinhos de pato, com o cu cheio de fraldas e umas valentes bochechas... BAM! É amor à primeira vista.
E o mais engraçado é que na maioria das vezes é recíproco. Os bebés engraçam comigo naturalmente, e os que ainda não têm idade para mostrar qualquer tipo de empatia c um sorriso, geralmente são os que adormecem no meu colo ou aqueles a quem consigo parar uma birra infernal num abrir e fechar de olhos.
Não me interpretem mal, não ando por aí a pegar em toda a criançada que vejo na rua... nunca faria isso! A esses apenas lanço um pequeno, infantil mas sincero "ooohhh" e faço-lhes umas gracinhas com sons e caretas se vejo que os pais estão receptivos a isso de uma pura desconhecida. Mas felizmente ao longo da minha vida tenho lidado muito com crianças, principalmente com bebés. Foram nascendo muitos na minha família, desde primos ao meu irmão; a vizinha e grande amiga da minha mãe teve dois dos quais tantas vezes tomei conta; a sobrinha do meu ex-namorado nasceu praticamente na altura em que começámos a namorar e foram 5 anos de "amor & laços" entre mim e ela (laços esses que luto para manter mas que se tornaram complicados com a minha separação, não a vejo tanto quanto gostaria); os amigos dos meus pais sempre me confiaram os seus devido à minha reputação de "encantadora de bebés"; tornei-me madrinha da pequena Rita e tenho sido daquelas tão babadas que até irritam; a pequena Leonor que é prima do meu namorado actual (e último) também passa imenso tempo comigo devido a morar mesmo ao lado do João; e o mais recente da minha lista infindável de "pequenas e adoráveis criaturas que adoro estrafegar" é o Vicente, filho da colega da minha mãe, a Marta. Gordinho como só visto, adormece no meu colo em menos de nada. Já diziam todas as tarólogas/astrólogas/whatever'ólogas que as pessoas do signo caranguejo são as mais maternais. No meu caso, creio que se confirma. A minha mãe diz que quando estou com bebés, nota-se uma reciprocidade nos papéis: a sua presença acalma-me (a mim, que sou a rapariga mais ansiosa e possidónia do universo) e essa calma acaba por acalmá-los a eles. Vá-se lá saber se a senhora dona mãe está correcta :) O que eu sei é que são momentos como o de pegar um bebé ao colo, que me fazem sentir como em nenhuma outra ocasião me sinto: um porto de abrigo banhado num carinho infinito. 
(se já sou pirosona agora no que toca a este assunto, quando for mãe nem quero saber em que bicho me vou tornar).
Ficam aqui duas fotos de uma das visitas ao pequeno Vicente, que achou por bem acalmar as suas cólicas com as bochechas coladas às minhas maminhas «3