Qua | 22.08.12
My own script
Um dia partilhei com alguém que "a minha vida dava um livro". Um daqueles confusos, cheios de pensamentos, emoções, luta, sentimentos, momentos... Como qualquer vida, de qualquer pessoa, de qualquer lugar, e no entanto sempre tão diferente.
Sempre fui uma rapariga muito "intensa", daquelas que vive tudo à flor da pele, que sente as coisas como ninguém as sente e que vê o Mundo como mais ninguém vê; daquelas que dramatiza a mais simples situação, que traduz a linguagem corporal de quem a rodeia ao milímetro, que leva as palavras que escreve e que lhe dizem tão a sério que por vezes até as profetiza mesmo quando os restantes ja se esqueceram de as ter proclamado ou mesmo ouvido da minha boca.
Ainda tenho 20 anos e já fiz coisas que muitos ainda sonham conseguir fazer, por falta de coragem ou recursos. Tenho tido muita sorte, é certo. Tenho uma família extraordinária que me ensina diariamente a ser uma lutadora e que ao mesmo tempo me dá todos os reforços possiveis e imaginários para me mostrar que nunca luto sozinha.
Nunca fui igual a ninguém... aliás, nunca quis ser nem nunca fiz por isso. A minha madrinha sempre me disse para "seguir o coração, sem medo das consequências". Percebo o que ela quis dizer, e sempre levei esse conselho (demasiado) à letra. No entanto, é graças a isso que hoje digo: "A minha vida dava realmente um livro." Porque tenho a certeza que em todos os momentos da minha vida, quer os das más como os das boas decisões, quer os dos orgulhos como dos arrependimentos, quer os momentos das lágrimas como os dos sorrisos, quer os do coração despedaçado como os do coração aquecido... sempre fui eu a escritora do meu próprio guião. E jamais deixarei que alguém, algum dia, ouse fazê-lo por mim.
Ainda vou no primeiro capítulo! (a caminho do segundo) :)