Hoje foi dia de meter os mais pequeninos a abanar o capacete ao ritmo do Hip Hop durante uma horinha. E é impossível não sair dali com um sorriso na cara quando tive tanta aderência à "aula" mesmo com o calor insuportável que estava. Não só as crianças dançaram comigo, como também pais, avós e professores.
Obrigado pelo convite, pelo carinho e pela energia!
Por entre carros barulhentos, edifícios enormes e pessoas apressadas... há tanta Historia a emanar de cada pedaço de cimento, tanta energia a sair de cada rua, tanta vida a emergir das tão distintas pessoas que passam... E no meio de tanta "beleza cosmopolita" ainda conseguimos encontrar sempre um pouco de paz de espírito e um momento de serenidade.
Basta procurar onde há tanto para descobrir.
É esta a beleza da minha querida e eterna Lisboa «3
Fotografias por Joana Duarte (qualidade rasca de telemóvel)
Eu sabia que estes dias iriam chegar mais tarde ou mais cedo, mas quis acreditar que afinal talvez não tivesse de passar por eles quando comecei a fazer trabalhos esporadicos na televisao. Isso significava ter quebrado uma barreira que há muito é um mito e um problema para muitas bailarinas. Significava até "revolucionar" um pouco uma das partes mais feias da dança e torná-la um pouco mais suportável. Mas afinal, neste aspecto nada mudou:
Não fui chamada para um trabalho por ser mais gorda que as minhas restantes colegas.
Quanto mais cedo assimilar esta frase mais depressa ultrapasso isto. Sim, porque eu tenho brincado com o assunto de dia... e chorado de noite.
Este fim-de-semana resolvi convencer o namorado a acompanhar-me numa ida ao AMAC para ver o espectáculo "Lago dos Cisnes" versão dança contemporânea do Quorum Ballet. Ora escusado será dizer que o rapaz ia morrendo do coração quando lhe pedi com muito jeitinho para ir ver um espectáculo daquele tipo... "Queres que vá contigo ver O QUÊ?!" xD Mesmo assim não me soube dizer que não :) foi com um sorriso na cara, prazer por ter a minha companhia e até acabou por gostar. Claro que os amigos não se pouparam a gozos, mas ele manteve-se firme deixando bem claro que se fosse outra pessoa qualquer a pedir-lhe uma coisa destas, mandava-a ir ver "O lago da Patagónia" (como decidiu nomear a obra) sozinha x)
Eu própria estava receosa de ser mais uma daquelas coreografias de dança contemporânea em que nos sentimos culpados por querer que o tempo passe depressa, ou naquelas em que nos sentimos adormecer. Mas este espectáculo só me fez confirmar a minha preferência pelo coreógrafo Daniel Cardoso, o melhor a nível nacional a meu ver. De uma forma quase genial, refez o "Lago dos Cisnes" à sua imagem, nunca fugindo ao conceito ou desrespeitando a peça original. "Prendeu-me" do início ao fim, e foi um prazer ser testemunha da qualidade do trabalho do coreógrafo e claro, dos bailarinos. Deu para me sentir orgulhosa do que é NACIONAL, e isso em mim já é raro de conseguir :)
Foi um óptimo serão, passado na melhor companhia «3
Cisne Branco, momento da coreografia "Lago dos Cisnes"