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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Sex | 17.05.13

Nada, nada, nada

Ontem eu e a minha querida irmã de sempre Ana Teresa levantámos o rabinho da cama para ir de manhã dar umas braçadas na piscina Municipal. Já ouvi muitas vezes as pessoas dizerem-me "Tu moras ao lado da piscina e nunca lá vais, era de aproveitar!" ou "Não custa nada dar lá um saltinho de vez em quando, fazia-te bem". A todo esse maranhal de afirmações ignorantes, só dava vontade de responder "HELLOOOOOO eu tenho uma vida bem mais activa do outro lado do rio Tejo, treino, trabalho, estudo e portanto quando chego a casa só me apetece atirar o focinho para cima da almofada e não sair de la nos três dias seguintes."
Ora como agora sou uma pessoa mais desocupada (não que o seja na totalidade, mas vá, o alento já é outro) decidi finalmente calar as bocas incessantes do pessoal acerca do assunto e lá agarrei eu num fato de banho e numa touca (uma touca! Não metia uma há anos xD) e fui com a Ana Teresa nadar.
Devo admitir que me soube pela vida, foi um trabalho exigente fisicamente mas ao mesmo tempo relaxante e deu para meter todo o corte e costura em dia com uma das minhas melhores amigas e ainda relembrar os nossos tempos de Natação em que escondíamos as cuecas das nossas colegas no balneário e depois não nos lembrávamos de onde as tínhamos posto, fazendo-as chorar e provocando pais e avós furiosos.(éramos uns anjinhos xD).
Ora depois desta combinação perfeita de planos, onde se juntou o útil ao agradável, estou a pensar seriamente em voltar a repetir a dose... prometemos não voltar a esconder cuecas a ninguém!
Qui | 16.05.13

:')




Obrigado por me demonstrares todos os dias que estás preparado para tudo isso e muito mais «3
Qua | 15.05.13

Overthinking




A Dança é como um filho. Nasce em nós, é criada por nós e cresce à medida que o tempo passa. E por mais que a amemos incondicionalmente e não imaginemos outra forma de vida, por vezes era bom poder desligar dela por um curto período de tempo, sem qualquer sentimento de culpa ou impotência.
A pressão e a responsabilidade por vezes dão-nos cabo da cabeça.
Ter | 14.05.13

Grow up



Desde tenra idade que me lembro de ouvir onde quer que passasse com a minha família: "Oh Joana, estás tão crescida!". Ouvia-o e retia-o na minha mente com a leveza típica de uma menina que se orgulha de estar no bom caminho para se tornar numa princesa. 
À medida que fui crescendo e ouvindo ser proferidas estas mesmas palavras, comecei a pensar "Mas afinal o que significa crescimento?"; estamos a falar em altura, estatura,...? Para quem nos vê de cinco em cinco anos ao acaso a passar na rua, talvez. Mas e se tentarmos aprofundar o significado da palavra?
A uma determinada altura passei a fase do "Mãe, eu não quero ser adulta". O orgulho foi substituído pelo medo de depender de mim mesma, de ser responsável por aquilo que fazia ou dizia... o medo de conhecer uma realidade que queria evitar. Para quê crescer? Estava tão bem no meu castelo mágico...
Hoje em dia não me orgulho, mas também não tenho medo. Aprendi que crescer faz parte. Que não vem apenas com a altura, a estatura, a independência ou a responsabilidade. O crescimento provém das experiências, das descobertas e dos erros. Crescer não significa deixar de ter um castelo mágico. Significa saber SER sem nunca, mas mesmo nunca deixar de saber SONHAR.

Joana Duarte