Qua | 24.07.13
Real world sucks
"O mundo, para cada um de nós só existe na medida em que se confina na nossa vida, naquilo que vemos, sentimos, ouvimos, sonhamos, tememos e acreditamos. E cada um de nós encerra o seu mistério que nem o próprio entende." - já dizia a Margarida Rebelo Pinto.
No entanto, pior do que não entender o mistério que se encerra, é ter uma mínima revelação desse mistério e nada poder fazer quanto a ele.
O tempo passa, a uma velocidade fulminante... e eu vou-me tornando numa bailarina mais velha, com muitas falhas ainda a serem retocadas e com um sonho na escrita e no jornalismo ainda por iniciar. É muito para uma vida só, já que também pretendo ser uma mulher de família... e começo a aperceber-me de que todos estamos constantemente em "modo tic tac"... o bom da coisa é que por vezes o relógio é tão silencioso que nos deixa viver em paz; outras vezes os ponteiros fazem tanto barulho que não nos deixam dormir à noite.
Tirada essa conclusão, apercebi-me de que ultimamente estou em "modo tic tac fogo-de-artifício".
Um dia alguém me disse que "para se ser realmente bom em algo, tem de se aceitar o facto de não podermos ser realmente bons em mais nada."
Sorry, pessoa das frases sábias da qual nao me recordo do nome: sou demasiado teimosa (ou ingénua..?) para aceitar tal atrocidade.
A vida não pode ser assim tão óbvia, tão desinteressante e tão complicada... não, não e não.
Recuso-me a aceitar o facto deste relógio não ter pilha para poder retirar e recolocar nos momentos certos.