Há amizades que não precisam de horas ao telemóvel, de mensagens diárias, de convívios constantes... há amizades que só precisam daquele aconchego que vem ao acaso, mas que temos a certeza que virá sempre que precisarmos, sempre que pedirmos, sempre que quisermos. Já são muitos anos (esta fotografia já tem pelo menos 5), e hoje foi apenas mais um final de tarde com aquele aconchego mútuo que já nos é tão característico. Minha irmã, um obrigado é pouco♥
Na passada quinta-feira, o meu namorado ganhou mais um irmão! Não me vou pôr aqui com grandes " bla bla blas" em relação à sua vida familiar, mas é de salientar que acho super fofinho que aos 26 anos ele tenha a oportunidade de ver nascer outro membro da sua família que, apesar de não morar na sua casa, lhe será sempre tão próximo (nem que seja pelo mesmo sangue que partilham).
E eu que sou doida por bebés (nenhuma novidade), tenho achado um máximo poder dizer que "nasceu o meu cunhado" (apesar de ter mais três, nenhum deles nasceu comigo por perto para presenciá-lo).
Moving on, hoje fomos conhecer o pequeno G. É tão mini, mini, mini! REALLY mini, nunca vi um bebé a nascer com o tempo total de gestação tão pequenino. Quando ouvi as palavras mágicas da madrasta do João: "Queres pegar?" foi o delírio total e lá estive sentada uma mão-cheia de tempo com o G no colo, a embalá-lo e a comparar feições com as do meu namorado e dos restantes irmãos. O meu sogro disse logo "Ahhh fica-te bem! Agora quero um neto!" ao que eu e o João respondemos prontamente que para já, não há cá disso. No entanto, quando passei o meu cunhado ao meu namorado (epa, isto é tão estranho de se dizer), fiquei completamente enternecida a vê-lo a pegar no seu irmão e imaginei, por uns irracionais micro nanosegundos, que aquela miniatura era nossa (a pancada passou-me rápido, nada temam).
Meu amor, vais ser o pai mais lindo deste planeta, disso não restam dúvidas. Até lá, não te ficas atrás no papel de irmão ;)
Já não me sinto a morrer (mariquinhas, I know, leave me alone). Mas sinto-me esfomeada a toda a hora, tenho de empurrar literalmente a comida pela goela abaixo porque a pouca acção que tinha da língua encheu-ma de bolhas. E por falar em bolhas, agora também as tenho dos lados, dentro da boca; continuo a ter de inclinar a cabeça para trás para conseguir engolir tanto sólidos como líquidos... e continuo uma máquina de produzir saliva. Começo a hiperventilar cada vez que me lembro que não poderei comer com satisfação as castanhas assadas do S.Martinho e os doces do Natal, e que as bebidas demasiado quentes estão fora de questão porque têm de ir directas à garganta e queimam-me (estou a chorar pelo meu chocolate quente ou os mil e quinhentos chás que tanto me confortam nos Invernos); os meus alunos são 50/50 entre os apoiantes fofinhos/graxistas que não abrem o pio pra me facilitar o trabalho, ou os macacos trocistas que me imitam a falar.. Aiiii a fala, a minha maior dificuldade com esta merda de metal aqui metida :'x não consigo pronunciar nenhuma palavra que me dê qualquer credibilidade ao que digo.
Claro que tenho de salientar :
* A ajuda dos fofinhos dos meus pais e irmão, que têm tentado arranjar todas as soluções possíveis para me manter minimamente alimentada;
* A paciência infindável do meu namorado, que atura os meus ataques do "não consigo" e "não aguento mais ter a 3ª guerra mundial na minha boca" e ainda me enche de mimos e carinhos;
* A fofura da minha sogra, que se deu ao trabalho de preparar as suas mais recentes refeições sempre pensando no quão poderiam ser mastigáveis para mim;
* O apoio dos meus amigos, que tentam manter conversas normais comigo como se eu não parecesse uma estrangeira "sopinha de massa" a falar.
Anyway... amiguinhos mesmo podiam ter sido os meus dentistas, dizer-me o quão linda e maravilhosa sou e que não preciso de aparelhos na boca para nada -.-'