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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Ter | 26.11.13

Bairro do Panda

Há umas semanas atrás, um bailarino que já foi meu colega, pediu-me que o substituísse num trabalho que ele estava a fazer para poder iniciar outro sem deixar ninguém "agarrado". Quando ele me disse que era para fazer o Bairro do Panda, delirei de felicidade! Já há muito tempo que acompanho os trabalhos da Lemon Entertainment em parceria com o Canal Panda, e acho extraordinário que um canal televisivo infantil originalmente português esteja a ter tanto sucesso entre os mais pequenos (e não só), e que consiga ser tão educativo quanto divertido!
Anyway, como eu estava a dizer, delirei com a proposta e lá aceitei substituí-lo! O trabalho consiste em vestir (literalmente) a personagem de um dos amigos do Panda (neste caso, eu sou a Zebra Riscas... prazer!) e numa primeira parte, vaguear pelo Bairro do Panda brincando e acompanhando as crianças nas mais diversas actividades que têm à sua disposição (o cenário está extraordinário), e numa segunda parte, fazer o show da Banda do Panda, onde danço várias coreografias.
Ora, uma mistura de Dança e crianças para mim soa sempre muito bem, e este trabalho seria o melhor do Mundo... se não existissem aqueles fatos! Aqueles fatos horrivelmente quentes que nos transformam num poço de suor a cada 15 minutos dentro dele, que nos devoram a energia e nos elevam a 100% a fadiga quando temos de dançar dentro deles. Foram 6 sessões, cada uma de duas horas, durante todo este fim-de-semana que passou, comigo a arrastar-me de cansaço em todas as pausas... toda eu era um cansaço, um hematoma (não sei se do peso do fato, ou whatever), uma dor muscular, uma vontade de ficar quatro dias de molho deitada na cama. No entanto, vestir a personagem de um dos heróis dos mais pequenos, ser tão acarinhada, tão abraçada e tão procurada, enche-me o coração. E isso não tem preço.. até faz, por momentos, com que as dores e a fadiga desapareçam.
A todos os meus colegas, um muito obrigado. Eu apareci ali de pára-quedas... uma estranha que aprendeu todas as coreografias em 10 minutos e saltou para cima de um palco convosco, com uma forte possibilidade de vos estragar todo o trabalho devido à prematuridade da minha aprendizagem. Mas vocês consideraram-me uma de vós, puseram-me à vontade, tiraram-me toda a pressão dos ombros, e ajudaram-me em todos os momentos que pedi (e não pedi) ajuda. Integraram-me, interessaram-se por me conhecer e, em apenas dois dias, fizeram-me crescer como bailarina em imensos sentidos. Mais uma vez, obrigado! No próximo fim-de-semana lá estaremos de novo :D E a minha expressão já não será de pânico, mas sim de "glad to be here".
Maninho N... obrigado pela oportunidade! Miss you * 
 
 
"O Panda é..... FIXEEEEEE" «3
 
 

 

Esta sou eu mais recentemente, aos fins de semana

 

Após 15 minutos a sirandar com o fato, é este o estado: uma camada de suor que me faz parecer saída do banho
 
 
Sex | 22.11.13

Casamento Natalício? Não me parece...

O meu namorado teve uma epifanía ontem enquanto tomávamos o pequeno almoço juntos.
"Amor, vamos casar este Natal."
 
Eu fiquei a olhar para ele com cara de parva, sem levar muito a sério aquela afirmação. Só respondi, entrando na suposta brincadeira: "Mas eu não quero casar na altura do Natal. Não quero frio no dia do meu casamento. Depois tenho de encontrar um vestido que me mantenha quente e isso não vai correr bem"
 
"Então mas aí é que está"
 
(silêncio de quem acordou à pouco tempo e não entendeu a afirmação. Então ele continuou...)
 
" Se casarmos agora, o tema do casamento é óbvio: O Natal! E assim não precisamos de encontrar um fato e um vestido! Vamos de Pai Natal e Mãe Natal!"
 
Desta vez o meu silêncio foi de quem ficou como que incrédula com aquela ideia estapafúrdia. Comecei logo a imaginar-me a caminhar para o altar vestida de vermelho, em vez de branco... com um gorro na cabeça em vez da tiara que sempre quis... e não para me unir ao meu príncipe, de sorriso largo e olhos brilhantes, mas sim... ao barbudo do pai natal -.-'
O meu namorado entretanto levantou-se da mesa, a fazer um brainstorming de ideias:
" E as pessoas podem ir todas em tons de vermelho, verde, dourado.. e podemos ter um bolo em forma de árvore de Natal... e o Padre, vai como? De Rudolfo, é isso!"
 
Ele saiu da cozinha e eu fiquei com a minha torrada na mão a olhar para o vazio. Deixei-o ir com o seu entusiasmo, na esperança de que a ideia se desvanecesse tão rápido quanto surgiu.
Hoje ele ainda se lembrava... e as ideias tinham aumentado em quantidade.
E com isto aprendi que quando casarmos, dos preparativos trato eu
 
Para minha segurança, esta imagem não lhe pode passar pelas mãos.
 
Qua | 20.11.13

5 graus... negativos?!

5 graus negativos é o que consta na meteorologia da Alemanha. E podemos adicionar mais dois negativos, por irmos para o interior. Se eu já tenho frio em Portugal (finalmente vieste!), como raio vou trabalhar nas ruas alemãs ???!!!!!

Bem, vou manter-me fiel ao pensamento de que, passado quatro dias de lá estar, vou ter o homem mais lindo do Mundo a aquecer-me. A aquecer-me o corpo, porque não sei como ele faz isto, mas mantém a minha alma e coração sempre devidamente aquecidos :)
Qua | 20.11.13

Carta a quem servir a carapuça

 
Christina Aguilera – I thought I knew who you were Quote
 
Pensei que te conhecia. Minimamente, sabes? Afinal, não partilhaste comigo apenas palavras. Partilhaste sentimentos, viagens, partilhaste segredos... partilhaste abraços, beijos e fotografias. Partilhaste vários "Amo-te".. partilhaste comigo (e só comigo, na altura) o teu corpo, e por consequência, a tua alma. Partilhaste uma cama, onde dormiste abraçado a mim várias vezes. Partilhaste gargalhadas e meros momentos do teu dia. Partilhaste tristezas, e inclusive choraste no meu ombro (consegues dizer-me em quantos ombros o fizeste?). Partilhámos coreografias, e partilhámos palcos. Partilhámos vitórias e derrotas, conquistas e perdas. Fui dos teus primeiros abraços por teres entrado na Faculdade. E fui a primeira pessoa que te deu um emblema para colocares na tua capa académica (mesmo antes de saberes se tinhas entrado, para te demonstrar o quanto acreditava em ti).
Partilhaste a tua família, e eu partilhei a minha. Sem medos. Partilhámos frio na Serra da Estrela, e mar da janela de uma Pousada... partilhámos calor em vários dias de praia, e arrepios em momentos só nossos.
Não, já não sinto nada por ti. Nada, mesmo. O meu coração está cheio, está feliz e preenchido. Mas há uma coisa ( a única) que por ti, permanece em mim: respeito.
E essa é a única coisa que a ti te peço também. Respeito por mim e respeito pelos meus. Por aqueles que tantas vezes te abriram as portas, que tantas vezes te deram boleias para treinos e espectáculos, aqueles que te levaram a lugares que nunca tinhas conhecido, aqueles que se esforçaram por compreender a nossa situação fora do comum e nada aceitável, sem nos julgarem... não, não peço reconhecimento, nem agradecimentos, nem tratamentos especiais. Apenas respeito. E o respeito passa por uma mísera mensagem nos seus dias de aniversários (que outrora também partilhaste com eles); passa por teres conversas que prometeste ter e não tiveste; e falando no porquê do surgimento desta "carta", respeito passa também por me falares quando me vês. De me olhares nos olhos e dizeres um Olá, nem que seja com uma insinuação de cabeça. É que sabes, se algo te acontecesse neste momento, eu seria a primeira pessoa a prestar-te ajuda. Por respeito ao que um dia significaste, ao que um dia me fizeste sentir, ao que a tua família significa para mim.
Não pretendo ter-te de volta. Nem quero. Já há muito tempo que isso não faria sentido para mim. Reforço, já não sinto nada por ti. Por isso, não quero que vejas esta "carta" como algum método estúpido de fazer despertar algo em ti... nem como um pretexto para te criticar, porque apesar de ter ficado magoada e revoltada, não sou nenhuma santa e muito menos vítima nesta situação...porque pelo caminho também errei. Isto é apenas um desabafo de uma pessoa que gostava que a recordasses apenas com respeito, e que quando a visses na rua (uma, duas e três vezes como já se sucedeu) lhe desses a entender que um dia a conheceste. Minimamente.
 
Atentamente,
Joana Duarte
 
 
Seg | 18.11.13

Tão longe e ao mesmo tempo, tão perto!

Preciso mesmo de terminar este curso de uma vez por todas! Não é que não goste dele... muito pelo contrário! Mas ás vezes torna-se dificil manter-me motivada arrastando-me com cadeiras como Biomecânica, Anatomofisiologia I e II , Fisiología e Cinesiologia. Estas malditas cadeiras fazem-se sentir realmente lerda, e infelizmente são as que me faltam para ser licenciada em Dança de uma vez por todas e poder iniciar um novo ciclo.
Já deixei de ir para a faculdade para dançar, para fazer o que seja relacionado com Dança... nestes últimos meses parece que ando a tirar um curso daqueles que sempre disse que não me interessava minimamente tirar. E assim torna-se mesmo difícil manter a motivação.
Eu sou inteligente, modéstia à parte...Mas caramba, não fui feita para Saúde! Toda eu transpiro Artes Performativas, Ciências da Comunicação, Literatura, Psicologia...
Deixei de correr por gosto, para correr por necessidade.
Mal posso esperar pelo final deste ano lectivo.