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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Qua | 05.03.14

Dental Expander REALLY LAST AND ULTIMATE Report

Bem... a ver se é desta que escrevo este título pela última vez, for christ sake. No dia em que me colocaram este aparelho metálico do demónio, disseram-me que nem profecia: 2 meeeeeses. Então vá da Joana levar os dias a fazer um "check" no calendário, pacientemente (palavra rara em mim) durante essas 8 semanas que, by the way, foram a pior aventura de sempre.

Ora que chego ao dentista no dia D, feliz e contente por ter mantido a língua inteira (sim, porque intacta já não fui muito bem sucedida), quando me dizem QUE... o meu outro aparelho (aquele normal, que as pessoas estão habituadas a ver umas nas outras) ainda não chegou lá dos USA (não sei para que é que tenho conhecidos a tirarem os cursos para fazerem estes pedaços de alegria bocais aqui em Portugal) e que, portanto, não será possível retirar o Dental Expander, "não vão os dentes querer retroceder o processo feito até aqui". Então a Joana foi embora do dentista a espumar de raiva, por mais duas semanas daquilo. E aguentou, firme que nem leoa. E chega então de novo o dia D, em que inicío a sessão com uma magnífica meia hora sentada com uma estagiária a tentar, com toda a força que lhe vinha do braço, arrancar-me (é mesmo a melhor palavra) o aparelho da boca para colocar o outro. Como estava com dificuldades, chamou a dentista (a REAL dentista), que lhe disse que eu não poderia retirar o Dental Expander e colocar o aparelho SEM ANTES... retirar os dentes do siso. E aí, meus caros, aí a Joana explodiu de vez. Chorou de frustração que nem uma vaca ofendida, até casa. Primeiro, porque levei com meia hora de dores sem fundamento, com a outra a fazer braço de ferro com o fucker do D.E agarrado que nem cimento aos meus dentes; depois, porque me anunciaram mais dois meses com este Inferno dentro da boca (portanto, o dobro do prometido inicialmente); e depois, porque tinha de passar por outro inferno em paralelo, que seria o de arrancar aquele dente do siso incluso (e acerca disso, vocês já bem sabem como foi).

 

Well, chegou o momento! Depois de sobreviver a tudo isto (vamos ignorar a minha mariquice aguda e imaginar esta frase acompanhada da banda sonora de um filme de acção) vou, finalmente, tirar o Dental Expander do céu da minha boca e colocar o dito aparelho normal, que me trará novas dores de cabeça (literalmente) MAS que me permitirá falar finalmente como uma pessoa normal e voltar a sentir o gosto da comida e o céu da minha boca, sem o qual vivi durante estes fatídicos 4 meses e meio. E agora dizem-me: "E se eles voltam a ter algo para impedir-te de fechar este assunto?". Bem, eu respondo como pessoa desesperada que já me sinto: À terceira é de vez. Se não for, acabem já com a minha dor, espetando-me um murro bem assente na boca, please. Os dentes endireitam que é um instante.