É com muito gosto e orgulho que vos anuncio a parceria do Palavra de Bailarina com a BlueBird, uma cadeia de retalho especializado em Relojoaria e Joalharia existente desde 1999.
Existe em 12 lojas físicas espalhadas pelo país nos grandes Centros Comerciais, e representa mais de cinquenta marcas de relógios e jóias, pelo que há para todos os gostos, todos os bolsos e em todos os feitios!
Apesar de ser a primeira parceria do Palavra de Bailarina, não a aceitei de ânimo leve. Quando me fizeram esta proposta eu já conhecia a Loja, porque representa as marcas que mais gosto e das quais sou fã, tanto em Relojoaria como em Joalharia. Mas analisei primeiro o seu website, conheci as peças de mais algumas das suas marcas (tanto para homem como para mulher) e visitei uma das lojas físicas (a do Alegro de Setúbal), onde fui atendida por uma das funcionárias mais simpáticas e mais competentes que já conheci (sem aquele tom de graxa e de falas decoradas, que é aquilo que me faz sair de uma loja mais depressa do que entrei).
Identifiquei-me totalmente com a sua filosofia e com os seus produtos (principalmente com as marcas One, Bow, Bow Happy, Tashi e Unike Jewellery), e portanto decidi aceitar a parceria!
Agora já podem comprar na BlueBird sem sair de casa, através da sua loja online.
Em Portugal Continental, os portes são grátis. Aproveitem e apaixonem-se pela loja da mesma forma que eu :)
Este ano aproveitei a Páscoa para tirar uns (escassos) dias para descansar. Não lhes posso chamar propriamente férias, mas já deu para recuperar algumas energias... vou precisar delas, porque vêm aí os meses mais atarefados de um bailarino e professor de Dança.
Não viajei para lado nenhum... no entanto, houve quem viajasse até mim!
Conheci a Martta quando estudei no Conservatório Superior de Danza de Málaga, no ano lectivo 2012-2013 e não nos víamos desde essa altura. Felizmente, este ano ela conseguiu organizar-se para nos visitar (a mim e às outras ex colegas portuguesas) nesta "Semana Santa", como em Espanha lhe chamam.
A Martta é de Barcelona mas estuda no Conservatório em Málaga. Faz lá a sua vida, tal como eu a fiz. Aliás, iniciou a sua vida lá na mesma altura que iniciei a minha, e era nova no Conservatório quando eu também o fui. Por isso, foram criados laços e amizades que nem o tempo nem a distância conseguiram apagar.
Antequera, 2013
Não falámos propriamente todos os dias, nestes dois anos que se passaram. Aliás, houve meses que passaram sem que trocássemos uma palavra. E mesmo assim, não foi estranho o reencontro. Nada mudou :)
Por isso, nestes escassos dias que auto intitulei de "mini-férias da Páscoa" para me sentir melhor, eu e as restantes colegas portuguesas tentámos organizar-nos de modo a que a Martta tivesse sempre companhia e um itinerário para cada dia, para conhecer Lisboa e a Margem Sul o melhor possível. Nem sempre todas conseguimos estar presentes (isto de mini férias da Páscoa é muito giro, mas convém estar presente nas reuniões, jantares e almoços familiares), mas acho que fizémos um excelente trabalho!
Ficou em casa da Íris (uma das colegas) em Almada, e por isso começou por ir conhecer o Cristo Rei e dar um pulinho à praia e até Sintra. Depois, num outro dia, na companhia da Maria Inês (a outra colega) e novamente da Íris, conheceu Belém... pôde comer os nossos deliciosos e famosos pastéis e conhecer o Museu dos Coches; deu também um workshop de fusion de dança contemporânea com danças urbanas; e depois, chegou a minha vez de ser guia turística!
Começámos pelo tão afamado Parque das Nações e todas os seus pontos atractivos. Aproveitámos ainda para dar uma voltinha de teleférico, para uma visualização mais abrangente do espaço.
Depois, fomos jantar à Pizzaria Lisboa, que fica pertíssimo da Baixa-Chiado. Até eu nunca lá tinha ido, mas fiquei fã das gigantes e maravilhosas pizzas. Já tinha ouvido falar (e muito bem), por isso achei que seria a ocasião certa para experimentar. Aconselho vivamente!
Apesar de haverem sobremesas que prometiam ser espetaculares, disse à Martta que não seria na Pizzaria Lisboa que iríamos saborear o doce pós-jantar. Tinha de a levar a conhecer os melhores gelados artesanais existentes (na minha modesta e singela opinião). Por isso, a nossa paragem seguinte foi no Santini do Chiado.
No que nos restou da noite, passeámos entre a agitação do Chiado e a tranquilidade junto ao rio, no Cais do Sodré. Esteve uma noite magnífica, digna de uma noite de Verão, o que ajudou imenso. O meu namorado fez-nos companhia e posso considerar que este foi o melhor dia das minhas "férias improvisadas".
No dia seguinte esteve a cargo das minhas colegas, mas encontrámo-nos todas no Bairro Alto para a sua última noite em Portugal.
Naquele que foi o seu último dia, fiquei responsável por levá-la aos autocarros que a levariam de volta a Málaga. Mas antes disso, veio conhecer os meus pais e o meu irmão e ir dar a última voltinha à praia.
Custou-me muito vê-la ir. No entanto, senti-me aliviada por saber que, passe o tempo que passar, haverá sempre um reencontro que nunca denunciará o tempo que estivémos longe.
Acho que não há amizades mais bonitas que estas: as que não estão sempre à vista mas que o coração guarda e a distância não destrói.
Obrigado Martta, por teres trazido um pouco de Espanha a Portugal <3
... Por isso aproveito para desejar um bom serão para o que resta dela!
Aqui por casa estamos na companhia da nossa coelhinha da Páscoa particular :) Só não conseguimos que ela ponha uns ovinhos de chocolate para a malta comer ao lanche (lá "ovinhos" põe ela... uns pequeninos... mas são ligeiramente mal cheirosos).
Ontem à noite encontrava-me no meu quarto e pensei simplesmente que alguma coisa tinha caído dentro do meu armário, porque senti-o abanar. Fiquei na minha e fui-me despedir do meu namorado, que tinha jantado cá em casa. Passados uns minutos, qual não é o meu espanto quando vou ao facebook e toda a gente pergunta nos seus perfis "que barulho foi este?!", "Sentiram as coisas a abanar?", "A minha porta abanou toda, houve algum sismo?", "Mais alguém ouviu o estrondo? Ouvi dizer que foi uma explosão!". Ainda assim continuei na minha, a pensar que a malta tinha recebido alguma daquelas mensagens privadas que ainda não me tinha chegado, para gozar o prato por causa do 1 de Abril... até que comecei a ver a "notícia de última hora" que todos os jornais publicavam no Facebook também. Perguntei aos meus pais e "sim senhora, a nossa porta que mesmo assim é de revestimento duplo, abanou toda também como se alguém tivesse ido contra ela e apanhámos um bom cagaço."
Eu cá senti o armário, mas não foi o suficiente para me assustar. Acho que pode estar o mundo a cair aos bocados e eu continuo na minha, sem me aperceber.
Mas isto leva-nos a pensar... se uma pequena explosão consegue alcançar tantos Km (nem que seja com uma espécie de rajada de vento, como foi o caso), como será uma bomba atómica. É assustador.
Estão sempre a gozar que na Margem Sul não acontece nada, e que em Lisboa é que está toda a emoção. Então tomem lá a emoção!
Ontem a tua morada mudou de novo. E eu, como afilhada dedicada que sou, fui assistir a essa mudança. Não penses que fiquei contente ou que gostei da visita. Partiste há oito anos e parece que foi ontem que fui obrigada a aceitar aquela tua nova casa, num pedaço de terra frio e sem jeito, nada a ver contigo. Ontem, foste para outra morada parecida, numa outra localidade. Aquela que realmente desejavas, ao pé da tua avó, segredou-me a tua mãe. O pouco que a ferida já tinha sarado, voltou a abrir. Depois de tanta vida que tiveste, de tantos sonhos que me passaste, depois de tantos sorrisos, de tantos lanches de chá e pão de ló, depois de tantos passeios, de me dares a conhecer os lugares mais singulares para beber um café ou comer um gelado, depois de espetáculos de dança e conversas relativas ao assunto... depois de tanta cumplicidade e de tanto amor que mutuamente nos cercava, partiste sem deixar rasto (não que a culpa tenha sido tua). E hoje... resumes-te a uma caixa de madeira deitada num pedaço de terra. A partir de ontem, numa nova morada. A partir de ontem, na mesma morada que a tua avó.
Por mais anos que passem, há hábitos que não se adquirem... ter-te longe de mim é um deles. Uma dor atenuada nem sempre significa que já passou. Ontem apercebi-me disso.