Não tive oportunidade de ser aluna do Miguel Vilhena a não ser nos curtos workshops ou "dias abertos" realizados na Fullout Dance Academy. No entanto, este senhor sempre me intrigou. Transpirava experiência, o seu corpo já tinha passado por muitas danças e os seus olhos por muitos palcos. Era duro com os seus alunos (assisti de longe a algumas aulas e fiz parte de outras), mas ao que parece a sua grande maioria crê que a exigência era necessária e que ele os ajudou a tornarem-se melhores naquilo que fazem... a tornarem-se naquilo que são hoje. Além disso, era também amigo deles. Preocupava-se com eles, à sua maneira. E isso era o que mais importava.
Por isso mesmo, por respeito à arte (à sua arte), por respeito à sua experiência, ao seu corpo já tão trabalhado, aos seus ensinamentos... que descanse em paz e que dance eternamente.
Fica a notícia (muito incompleta), onde referem não saber ainda a causa da morte. Eu posso adiantar que foi uma pneumonia carregada de complicações.
Está finalmente a terminar o mês de Junho (que foi um turbilhão de emoções maior do que julgava), e com ele, vem o meu mês. Não só é o mês do meu aniversário, como também será o mês de começar a "abrandar" o ritmo. Apesar de ainda trabalhar, irei dar menos aulas porque há instituíções que encerram as actividades, e também terei menos alunos em todas as turmas porque metade vai de férias (e esta parte, no que toca às aulas a crianças, já ajuda bastante à minha cabeça). Por isso sim, em Julho acho que me irei considerar em modo "semi-férias" (ninguém diz isto a não ser que esteja desesperada...tipo eu). Até lá, tenho uma semana mega atribulada que posso considerar que terá 14 dias. E porquê? Porque não há folgas. Tenho estado em modo "ensaios intensivos" devido aos espectáculos das minhas turmas, que se irão realizar Sábado, Domingo e Segunda. Sendo que as minhas folgas são nestes últimos dois dias referidos... lá se foram elas. Terça-feira o dia será de trabalho como outro qualquer. E por aí fora, até que me encontro com o Domingo a seguir.
Então e vocês? Fazem parte daquele grupo irritante que já está de férias e que me mete verde de inveja com as fotografias de praia e lugares maravilhosos no facebook? Ou são daqueles que partilham da minha dor e desespero? :P
Têm sido dias menos bons. É a lei da vida, há preocupações das quais não conseguimos fugir e que surgem quando menos esperamos (e geralmente quando andamos mais felizes. Essa é a parte espectacular - NOT - da cena).
Isto tudo só para vos contar que me encontrava num desses dias "menos" bons no último Sábado... e que fui trabalhar de manhã como era suposto, e ensaiar ao final da tarde como era suposto. Entre aulas e ensaios "supostos", fiz algo que geralmente não faço mas que estava agendado há uns tempos: dei a minha primeira aula de Yoga em família. Basicamente, cada um dos meus alunos de "Yoga & Dance" pôde trazer um familiar para partilhar uma aula de Yoga consigo. Pensei sinceramente que não conseguiria dar tudo de mim e estar com as energias correctas para o fazer (principalmente sendo a minha estreia numa aula deste género) e sabendo que teria de estar mais concentrada e principalmente alegre e relaxada para transmitir tais sensações ao grupo.
Cheguei um pouco mais cedo, de modo a poder subir à sala sozinha, preparar tudo e principalmente... respirar. Lembrar-me do porquê de estar ali, focar-me naquilo que ia fazer, e tentar esquecer-me de tudo o que me preocupava naquele instante. Não estava fácil...
Mas assim que começaram a chegar os meus meninos, a encher-me de abraços e beijinhos e a mostrarem-me orgulhosamente quem os acompanhava, tudo o que era negativo desapareceu com naturalidade.A aula correu maravilhosamente bem, e foi lindo ver os laços entre os meus alunos e quem os acompanhava. Amei poder "alimentar" esse vínculo e proporcionar um momento diferente àquelas famílias. Os "mais velhos" ficaram não só orgulhosos do que os mais novos já conseguiam fazer (falo de crianças entre os 4 e os 6 anos), mas também ficaram deliciados por poder partilhá-lo com eles.
Foi uma experiência linda que irei de certeza repetir para o ano (e mais vezes!).Deu para esquecer o resto e renovar algumas energias.
Por isso e muito mais, fico muito grata aos que estiveram presentes! <3
Levei o meu irmão (que tem 13 anos) ao seu primeiro concerto :) Fomos ver a Jessie J ao Meo Arena e fizémos tudo como os verdadeiros fãs fazem. "Acampámos" na fila às 16:30h (iniciando o concerto apenas às 20h), com chuva, sol e tudo a que tivémos direito (euzinha mega agasalhada e de guarda chuva armado, a pensar que ia ficar pior do meu estado de saúde).
A espera foi uma valente seca, mas valeu a experiência especialmente por ter sido partilhada apenas com o meu irmão mais novo. No futuro, irá lembrar-se da primeira vez que foi a um concerto, que foi altamente, que a voz da Jessie J era algo de outro mundo (e se é, senhores!), que ficámos nos lugares sentados mas que tivémos a experiência completa acampados à porta do Meo Arena :) E que eu, exímia irmã, proporcionei-lhe isto!
You welcome, little brother... You welcome :D
PS: Também adorei, porque confesso...sou mega fá (histérica) da Jessie J.
A semana passada foi um misto de emoções. Foi duro, porque se sentia no ar toda a pressão dos últimos ensaios com os meus meninos da pré e 4º ano de uma das "minhas" escolas; também porque comecei a sentir a tristeza a vir ao de cima por ter de vê-los "voar"; e também porque, tchan tchan tchan tchaaaaan.... fiquei doente (íssima!). Na noite antes do feriado, ao dar aulas, comecei a sentir o corpo dorido, como se tivesse levado uma tareia. "Precisas de descansar", pensei. Nos entretantos, comecei a sentir que os meus níveis de açúcar tinham descido abruptamente. Uma vez mais: "Aguenta-te até ao fim do dia e vai descansar". Como estava a modos que anémia, não estranhei. Mas a modos que, no final da última aula, com o meu namorado todo pronto para me levar a jantar fora (mesmo comigo toda transpirada e mal cheirosa) comecei a tremer, a ter dores excruciantes na coluna e pior... dores horríveis de garganta e febre (muita febre).
Resumindo... acabámos a jantar rapidamente no MacDonalds em Coina, porque eu já mal conseguia mexer-me e abrir os olhos. O João levou-me a casa neste estado lastimável, passei a noite com febrões de fazer estrelar um ovo na minha cabeça e sem conseguir dormir devido às dores no corpo e na garganta. Resultado? Um feriado (em que por acaso ia trabalhar) a fazer uma visitinha às urgências do Hospital. Felizmente que nesse dia pouca gente se lembrou de fazer a mesma visita que eu, e por isso com pulseira amarela entrei e saí num instante (que fique aqui registado que foi a minha ida mais rápida ao Hospital do Barreiro). Já com o primeiro antibiótico tomado, lá me aguentei para ir almoçar com a minha família, uma vez que os meus avós maternos faziam anos (fazem anos no mesmo dia, têm o mesmo nome e a mesma idade. How cute!). Mas depois disso, lá tive de cancelar as minhas aulas da tarde e arrastar-me à noite para a aula de Hip Hop dos mais pequenos (com a minha mãe atrás para me ajudar, não se desse o caso de me dar uma coisinha má, tal não era o estado).
Isto tudo só para concluir que no dia seguinte, o derradeiro dia do Espetáculo dos meus Finalistas da Pré e 4º ano, eu estava uma lástima. Era suposto ter feito um solo que não aconteceu por motivos óbvios, e tive que me drogar ao máximo (peço perdão pelo quão mal isto possa soar) para conseguir acompanhar o momento e gerir tudo, uma vez que era a coreógrafa. Felizmente que tive a preciosa ajuda das educadoras, professoras e auxiliares, e tudo correu na perfeição. Pena que não tenha conseguido absorver tudo como tanto queria, uma vez que estava mais concentrada em manter-me em pé... não chorei por isso mesmo (acho que, se me deixasse emocionar, não conseguia "levantar-me" mais.), mas acreditem, só de estar a escrever isto já estou de lagriminha no olho. Foram miúdos que me marcaram mesmo muito, e que tenho muita pena de ver "voar" para longe de mim. Fico com a esperança que manter alguns no próximo ano, em atividades extra-curriculares, mas ainda assim... a essência da turma vai com eles.
Quero agradecer às Professoras Maria José Aranha, Ana Paula Contreiras e Elisabete Borregana, às educadoras Ângela Duarte e Filomena Serpa e às auxiliares Marta Matos e Maria Anjos Santos por todo o apoio ao longo deste projeto e pela paciência e coragem para embarcarem nesta pequena loucura. Sei que de certa forma vos ajudei, mas acreditem que vocês me ajudaram muito mais ao longo de todo este ano lectivo (estágio feito e assinado, certo? ahahahah). Obrigado também ao João Duarte, João Ribeiro, Margarida Isabel e Maria Inês Contreiras pelo apoio prestado na bilheteira e no backstage, e ao Nuno Cavaco pela presença! Agradeço também aos pais dos meus pequenos pelo carinho e principalmente aos meus meninos por todos os abracinhos, todo o carinho, todos os desenhos (MIL), todas as palavras e toda a amizade. São os melhores do Mundo e vou ter saudades de todos. Amo o que faço e sou uma sortuda por ter passado pela vida deles
Ficam algumas fotografias do espetáculo. O feeback foi bastante positivo. Grata por isso!
As caras das crianças estão devidamente "cobertas" para ocultar a identidade das mesmas.