Toda a gente sabe que é difícil "chegar a todo o lado" numa visita de 5 dias a Londres. No entanto, sei também que 5 é geralmente o número de dias que as pessoas escolhem, por variadas razões. Neste caso, é muito importante que se faça uma pesquisa sobre o que há ou não há para ver, e no que queremos ou não queremos perder tempo (e/ou gastar dinheiro).
A boa notícia é que em Londres há alguns sítios maravilhosos para se serem visitados GRATUITAMENTE, que é o caso do Natural History Museum, British Museum, Tate Modern, Science Museum, National Gallery, etc etc etc; Outra boa notícia é que, mesmo nos que se pagam, há forma de pouparmos dinheiro. Para quem pretende entrar em tudo e mais alguma coisa, existe um pacote que se compra com o cartão Oyster Card, que à primeira vista parecerá um pacote caro mas que, analisando bem as coisas, não o é de todo (no entanto, não aconselho a quem pretenda estar lá só 5 dias, e muito menos pela primeira vez. É um cartão ótimo para duas semanas no mínimo). Há também uns pacotes no site do Madame Tussauds que vão de 2 a 4 atrações e que nos ajuda a comprar online por um preço mais baixo (e, em alguns dos casos, poupa-nos também às filas imensas de entrada). Como nos transportes, até aos 15 anos paga-se um valor mais baixo.
A má notícia no meio de tantas boas é que, depois da nossa pesquisa e do entusiasmo do "quero ver tudo e quero ir a tudo", temos de "descer à terra" e relembrar-nos que temos menos de uma semana. É importante definir prioridades e um budget.
Posso falar no caso do meu "grupo", em que a prioridade era conhecer a essência Londrina de uma forma geral, mais através do que vivíamos pelas suas ruas. E como também tínhamos um budget apertado para atrações, primeiro vimos quanto teríamos de gastar num passe para andar de um lado para o outro (podem ver o que escrevi sobre os transportes em Londres aqui) e só depois o que sería da preferência de todos visitar. Decidimos escolher uma atração que era gratuita e duas pagas (num dos pacotes do site do Madame Tussauds que já referi). Assim sendo, o que foi pago foi o London Eye (impossível perder) com o Madame Tussauds (que, obviamente, é sempre uma das atrações base no site), e a atração gratuita foi o Natural History Museum. Sentimos que fizémos as escolhas certas, porque vimos o Big Ben, o Palácio de Buckingham, andámos pelos maravilhosos Regent e Hyde Park, fomos a Covent Garden, divertimo-nos imenso nas lojas da Nickelodeon e dos M&M's em Picadilly Circus, passámos a Tower Bridge, conhecemos as divertidas lojas de Camden Town, etc etc e tal... e ainda conseguimos tirar tempo para visitar o tão afamado museu de Cera "Madame Tussauds", de ficar na fila para ver a vista do London Eye e passar uma bela manhã e pequena parte da tarde no Natural History Museum (que é gigantesco) por o equivalente a 65 euros mais o valor do passe (cerca de 40 euros). Só tenho pena de já estar apertada de dinheiros para entrar na Westminster Abbey, que dizem ser linda, mas já se sabe... nunca fazemos tudo o que queremos, quando viajamos (mesmo que tenhamos planeado tudo ao pormenor, há sempre algo que sai furado).
Para além do metro e do autocarro, também andámos muuuuito a pé, por isso posso dizer que a essência de Londres conseguimos trazer connosco. As outras atrações ficam para uma próxima, mas vocês já sabem... estas foram as NOSSAS escolhas. Vocês podem fazer as vossas através de alguma pesquisa, estabelecimento de um budget, sentido de orientação e gestão do tempo... e claro, muita resistência e força nas pernas (é de manhã até à noite, sempre a mexer). Londres tem coisas infinitas para se fazer e ver, e não vão querer perder pitada :)
Camden Town
Big Ben
Westminster Abbey
Hyde Park
Trafalgar Square e National Gallery (atrás)
A típica foto
Madame Tussauds
Regents Park
London Eye
Pineapple Dance Studios (esta é para os amantes da dança)
"A Mica traquina quer ser bailarina" já conta com vendas na WOOK e na página da Bertrand, enquanto não chega às lojas físicas. E entretanto já tem 600 Likes na sua humilde página de Facebook e continua a fazer as delícias dos mais pequenos. OBRIGADO A TODOS <3
Ia preparada para um clima de "tanga", uma vez que toda a gente que vinha do Sul me avisava que o tempo estava mau, nublado, ventoso, etc etc etc e tal. Ninguém me vinha com feedbacks muito animadores. Felizmente que só para contrariar a malta, o tempo decidiu mudar. Sempre Sol, sem ver uma única núvem (a não ser agora, que me vim embora). O vento era o suficiente para amenizar o calor, com uma brisa agradável. Sem calor de fazer fritar um ovo na testa e sem frio de nos fazer ficar enroladinhos na toalha de praia. Digamos que a temperatura perfeita.
Obrigado Algarve, por teres dado à famelga Duarte (e ao seu "convidado de honra") o prazer de uns dias bacanos, ao contrário do que seria de esperar :)
Repito, antes de iniciar este post: basear-me-ei unicamente na minha experiência pessoal.
No que diz respeito a como nos "transportarmos" de lugar para lugar em Londres, temos várias opções viáveis. As mais óbvias são o autocarro e o metro, mas posso mesmo dizer que quem tem "boas pernas" e está minimamente em forma consegue fazer muita coisa a pé.
Antes de "ir por aí", quero falar-vos daquilo que pouca gente fala: do transporte para sairmos do aeroporto. Em Londres, existem vários aeroportos, mas o mais "falado" aqui em Portugal é o de Gatwick por variadas razões. A primeira é porque não é um aeroporto gigante e complicado. Tem duas alas, a "North" e a "South" separadas por um comboio gratuito de fácil acesso. E depois, porque tem ligação à estação dos comboios que nos leva praticamente para TODO o lado. No nosso caso (que fomos também "parar" ao aeroporto de Gatwick), resolvemos apanhar um comboio que em 40 minutos nos deixou precisamente no local pretendido (London Bridge). Não foi necessário preocuparmo-nos com os horários, porque estavam constantemente a passar, e por isso saímos do nosso voo tranquilos, vimos para onde nos tínhamos de dirigir, comemos qualquer coisa (chegámos às 8 e meia da manhã) e fomos então diretos às bilheteiras. O bilhete (só de ida) do aeroporto para London Bridge era 10 libras para os adultos e pouco mais de 4 libras para os menores de 15 anos. Mas como verificaram que éramos três adultos e uma criança, tivémos direito a comprar um "pacote" familiar que fez com que, basicamente, todos pagássemos metade do que era suposto (O que foi ótimo, porque assim comprámos os bilhetes ida e volta pelo preço apenas de uma viagem).
Se há coisa que prezo em Londres é o facto de terem em tamanha consideração as famílias numerosas e os valores reduzidos para as crianças, seja em museus ou em transportes públicos. Em Portugal, a partir dos 11 anos (e já é com sorte) paga-se a totalidade (seja do que for), o que não é propriamente um incentivo à natalidade (nem mesmo ao conhecimento, à cultura, ao que seja). Mas desabafos à parte, este é o conselho que dou a quem viaje até ao aeroporto de Gatwick: Verifiquem na internet se existe um comboio para a zona onde pretendem "parar" (de taxi ou de comboio expresso fica muito caro e não vale a pena a não ser que tenham uma pressa descomunal, porque estes comboios em que fomos são limpos, confortáveis, mais baratos e estão constantemente a passar).
Passando à parte dos transportes para toda a "estadia" aconselho que, assim que cheguem de comboio ao local que pretendem, se dirijam à estação de metro mais próxima (no caso de London Bridge, posso mesmo dizer que saímos diretamente do aeroporto para o comboio e do comboio diretamente para a estação de metro, o que foi excelente). Isto porque nas estações de metro é possível comprar passes turísticos que compensam em 300%. Pesquisem acerca do TravelCard e do Oyster Card. É praticamente a mesma coisa, pelo que entendi. Com o Oyster Card existe ainda a possibilidade de juntar ao cartão um "pacote" que faz com que as atrações fiquem muito mais baratas (é quase como se o cartão incluísse entrada gratuita numa data delas, ficando o próprio cartão mais caro), mas acho que para quem vai só cerca de uma semana e quer ver apenas uma atração ou duas e conhecer o "ambiente" cultural de Londres de uma forma menos aprofundada, não vale a pena. É preferível comprar o pacote das atrações à parte (do qual falarei noutro post).
O Travelcard e o OysterCard ficam mais ou menos ao mesmo preço. São passes que dão para utilizar quer nos autocarros, quer nos metros as vezes que quisermos durante um período de tempo estipulado. Se não estou em erro, existe o passe diário, o passe de 3 dias e o passe de uma semana. Quem vai 5 dias (o nosso caso), compensa comprar o passe de uma semana, sem sombra de dúvidas...porque cada bilhete (seja de autocarro ou metro) é muito caro e arrisco-me a dizer que num dia em "modo turista" gastávamos o valor do passe semanal. Depois há a questão das Zonas. Os autocarros e (principalmente) os metros em Londres estão divididos em 6 zonas e claro que seja qual for o passe que compremos, quanto mais zonas quisermos abranger, mais caro ficará. Mas para quem pretende visitar o dito "centro" numa semana, basta comprar o passe para as zonas 1 e 2 (acreditem que engloba tudo aquilo que tanto anseiam ver). Neste caso (meaning, no nosso caso), o OysterCard SEMANAL de adulto para as zonas 1 e 2 ficou-nos em 32 libras e pouco (já com o valor do cartão em si). Para crianças até aos 15 anos, uma vez mais, é metade do preço.
No que toca à comodidade, posso dizer que prefiro 1000x mais o metro ao autocarro. É certo que de autocarro vemos muito mais coisas ao irmos à janela e coisas que tais. Mas os metros deixam-nos muito mais perto dos pontos turísticos e, por incrível que pareça, stressam-me menos que os autocarros, que muitas vezes vão a abarrotar e nós acabamos enlatados e em pé sem conseguir ver nada na mesma e a morrer de calor (acho que a malta londrina não sabe o conceito de ar condicionado em transportes públicos).
Se vocês já foram a Londres e têm uma experiência diferente da minha no que toca aos "andamentos" em transportes, ou têm dicas que possam partilhar relativamente a preços de passes e etc... sintam-se à vontade para dizer aqui à maltinha do Palavra :)