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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Qui | 07.07.16

Mestres da Ilusão 2 - ilusionismo a mais?!

Fiquei completamente fã do primeiro filme "Mestres da Ilusão". Para mim, foi genial a forma como conseguiram um paralelismo entre uma arte (para mim, ilusionismo é arte) tão complexa e um enredo cinematográfico tão bom. Para mim, aqueles "quatro cavaleiros" são uma versão melhorada e atualizada do "Robin dos bosques", numa forma pouco ortodoxa de "roubar para dar aos pobres". 

No entanto, e apesar de ter gostado deste segundo filme (e de me ter posto a roer as unhas do princípio ao fim), achei que a necessidade do "uau" por parte das pessoas caiu em exagero. O que eu prezei bastante no primeiro filme, foi o facto de se terem mantido fieis ao que é o espetacular do VERDADEIRO ilusionismo. Neste segundo filme, acho que essa "verdade" não existiu em alguns momentos, e pior de tudo é não ter existido num dos momentos principais: a forma como três dos quatro cavaleiros chegaram da América à Ásia. Achei que em alguns momentos, "esticaram a corda" e perderam um pouco a veracidade, e usaram demasiado a desculpa da "hipnose" para fazer desenrolar a história. Sempre que não arranjaram forma de dar a volta a alguma "situação-problema", lá estava a hipnose presente, como se fosse quase um poder mágico real. E o momento de roubarem o cartão em forma de carta de baralho... esse foi mais de Ninja do que de ilusionistas. Foi puro entretenimento, e prende-nos de facto ao ecrã, mas para mim não teve cabimento toda aquela "coreografia".

Como referi, gostei muito do filme, e em nada estaria errado se a minha adoração principal pelo primeiro não tivesse girado à volta das performances ilusionistas em si. Mas esta não deixa de ser, de facto a minha opinião. 

No que toca aos atores, não consigo parar de adorar o Jesse Eisenberg no papel de Atlas. Kinda sexy, o seu ar sempre pesado :) Tive muita pena da saída da primeira "cavaleira" mulher, mas a Lizzy Caplan sabe bem como agarrar um papel e enriquecê-lo, por isso ao longo do filme consegui ir-me esquecendo da existência da cavaleira ruiva.

Quanto ao papel do Daniel Radcliffe... eu tento sempre falar do Daniel com imparcialidade, mas não consigo. A minha "nerdice" é tal, que eu continuo a achar que, em qualquer papel que ele faça e em qualquer filme que entre, há de sacar da vassoura e da varinha em algum momento. E como eu, muita gente deve pensar: ele será sempre o eterno Harry Potter. No entanto, tentando separar as coisas, posso dizer que acho que o seu papel, apesar de ser completamente estranhóide, foi um desafio bem conseguido. Creio que só ele, com aquele seu ar invulgar, conseguiria ter chegado ao patamar do "Walter". Outro qualquer teria soado demasiado forçado.

Fico à espera do terceiro para completar a trilogia :)