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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Ter | 30.01.18

A Kéké e o seu dom de emanar luz própria - FazAcontecer #3

É uma honra poder anunciar-vos que o primeiro post de 2018 da rúbrica "FazAcontecer" é com a maravilhosa Raquel! A menina que algures em 2017 me "foi trazida" por aquele grande-pequeno mundo que é o Instagram.

Ainda que as suas fotografias e a sua simpatia me dessem vontade de a conhecer melhor, foi ao ler um post no seu blog sobre uma ínfima parte da sua história de vida que passei a admirá-la bastante e a seguir mais de perto o seu trabalho, os seus projetos e a sua essência. A sua vontade de encontrar o caminho certo, a coragem de mudar de rumo as vezes que são necessárias, a sua força para não desistir da vida e da felicidade, a sua "veia" empreendedora com o propósito de contribuir para um mundo melhor, a bondade e o positivismo que emana... são apenas algumas das razões que me fizeram saber desde o início que a queria como parte integrante desta rúbrica. Volto a repetir que é uma honra. Vamos então conhecer um pouco da Raquel, Kéké de pequenina, que se considera "uma colibri, uma criança na alma de uma viajante feliz e uma mulher com um sorriso que agora abraça a sua história em todo o seu esplendor":

 

Raquel Cristina, 28 anos, blogger "Kéké", fundadora e CEO da agência de comunicação "Right Buddy"

 

"Costumo dizer que a minha vida dava um livro e, na verdade, o primeiro capítulo está escrito. Assumi-o há pouco tempo ao trazer à tona o meu livro 'O que me vai no coração', escrito há uma década, quando dei por mim à beira do precipício (ou já nele).

Resumidamente: Tudo começou com um esgotamento, fruto de um ano intenso a estudar de dia e de noite e, consequentemente, com a minha ida para Braga, onde queria à força toda entrar na universidade. Daí e de uma mão cheia de acontecimentos que se seguiram, veio a depressão. Foram cerca de 6/7 anos de luta constante em que cheguei a enfrentar a anorexia e alguns internamentos."

 

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"Já estabilizada, em 2015 perdi o meu emprego e terminei uma relação de 4 anos e agarrei nas malas e no dinheiro que tinha e rumei aos Estados Unidos, sozinha para dar aulas a crianças em troca de estadia (sou professora, também). Por lá fiquei, 4 meses, até o dinheiro me faltar e as coisas se complicarem a todos os níveis. Corria setembro e eu e uma amiga experienciávamos uma história digna de um filme de Hollywood e um acidente de viação que viria a mudar completamente a minha vida. Creio que foi nesse dia que me agarrei a ela e percebi que esta era a história que me dava voz. Redescobri-me, reaprendi a amar-me e a colocar-me em primeiro lugar. Entretanto, matutei sobre o estilo de vida que queria viver, sentei-me muitas vezes comigo mesma a escutar o meu corpo e a perceber o que me fazia feliz e qual o meu propósito de vida e descobri que quero mesmo fazer a diferença na vida das pessoas e fazer a diferença no mundo."

 

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"E foi aí que surgiu a Right Buddy. Do bichinho que há muito vivia dentro de mim, enquanto filha de pais empresários. Do acreditar que é possível sermos felizes na nossa profissão e na nossa vida pessoal, sem termos de vestir qualquer personagem. Do acreditar que é possível sermos nós próprios, quando o mundo todo conspira para que não o sejamos...'O difícil é ser inteiro, num mundo que vive de metades', não é assim?

Mas quem diria que, dois anos depois desse episódio e apenas meses depois de ter tido a ideia que fez nascer a Right Buddy, seria uma pessoa inteiramente feliz e estaria a lançar a minha própria empresa e a apresentá-la num evento para 130 pessoas, em prol das crianças da Terra dos Sonhos?

Quem diria que, um mês depois desse evento estaria a embarcar numa missão que viria a fazer-me crescer (mais um bocadinho), nos incêndios de outubro?

Quem diria que iria organizar um evento de passagem de ano com cariz social, para ajudar 3 causas das 3 vertentes que abraçamos?

As causas animal e social sempre estiveram presentes na minha vida: há 5 anos que resgato animais e costumava ir para o canil ajudar e salvar animais em risco, mas abrandei um pouco quando a Wendy, uma cadelinha que retirei do canil com anemia extrema, morreu a soro à cabeceira da minha cama. Atualmente, tenho 4 cães e 1 miau. Fiz voluntariado enquanto estudava e estive envolvida em vários projetos na República Checa e na Turquia e queria mesmo encontrar espaço no meu dia a dia para isso.  Além disso, dei aulas a crianças autistas de vários graus e na faculdade fiz voluntariado com alunos com deficiências de vários tipos."

 

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"A minha missão? Ajudar o próximo e fazer as pessoas felizes.
Quiçá ajudar pessoas que enfrentam a depressão e se consideram incompreendidas ou que acham que isso é uma “condição” para a vida toda. Porque não o é. Não devemos deixar que nos roubem de nós.

A missão da Right Buddy? Somos pela igualdade de direitos, pelo acesso à educação, pela proteção do planeta e das espécies, pela proteção dos animais e pelo respeito por todos os humanos. Comprometemo-nos ser a diferença que queremos ver no mundo, através de uma ação íntegra e socialmente responsável.

A minha visão para o futuro? Ter uma equipa que é apaixonada pelo que faz e que é reconhecida pelo seu talento e remunerada em função disso. Uma equipa livre de trabalhar em qualquer parte do mundo, com a devida união e core em Lisboa, certamente. Poder fazer com que o voluntariado seja parte integrante da nossa política de empresa e estender essa visão a outras empresas. Fazer parte de muitos projetos com impacto social e que efetivamente fazem a diferença no mundo."

 

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Se depois de lerem a história desta "super woman" não ficaram de queixo caído, então não sei o que vos poderá surpreender mais. Esta guerreira, cuja maior arma me parece ser a sua transparência, é a prova de que o universo conspira a nosso favor se tivermos a capacidade de parar, a coragem de o escutar e de o deixar fazer o seu trabalho.

Obrigado, querida Keké <3 Ainda é este ano que nos cruzamos, tenho a certeza!

Podem segui-la (e aos seus projetos) não só nos links disponibilizados acima, como também no seu instagram.

 

 

 

Sex | 12.01.18

Olá 2018!

Sê bem-vindo, ano das mudanças, dos desafios e dos momentos de cortar a respiração. Ansiei por ti da mesma forma que te temi... nenhuma das emoções sem fundamento. És de facto assustador e ao mesmo tempo maravilhoso. Tens uma tonalidade mais suave e brilhante que 2017, já consigo senti-lo (não me desiludas nesse sentido, por favor).

Sei que vêm aí tempestades. Aliás, bastou Janeiro iniciar e já comecei a sentir a "terra tremer", com a faculdade a testar os meus limites e a gritar-me aos ouvidos "AGUENTA E NÃO CHORA", com o trabalho a ser a mesma coisa de sempre: maravilhoso e stressante (viva os meses pré-espetáculo), com as remodelações da casa a andarem a um ritmo lento que me implora por paciência e com o casamento a ser organizado e a pedir-me pressa.

Em suma, meu querido ano de 2018, és o processo e a concretização de tudo aquilo que de momento mais quero e que se baseia nestes quatro pontos referidos... juntamente à saúde, à união, ao respeito e ao amor. 

És um ano do caraças, não és? Nunca me enganaste, com esse oito que se revela o "infinito" quando deitado. És um ano com processos tão morosos e tão difíceis de conjugar, mas com "finalmentes" tão maravilhosos que prometem ser inesquecíveis.

Mais uma vez... Sê bem-vindo, 2018! Se não for pedir muito, sê tudo aquilo com que sonhei. Depois de 2017, o Universo está em dívida para comigo. 

PS: Bom ano, leitores do meu coração <3 Obrigado por continuarem aí desse lado do ecrã! Prometo-vos novos conteúdos e quero muito dar-vos a evolução que merecem aqui pelo cantinho do Palavra.

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 E assim se escondeu o Sol de 2017 pela última vez. 

(Barragem de Castelo de Bode)