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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Qua | 17.10.18

Dobby, o gato

Eu e o João tínhamos como objetivo a curto prazo, ao nos mudarmos para a casa nova, de adotar um gato. Gostamos ambos destes felinos e são animais compatíveis com o nosso estilo de vida . Claro que a decisão mais acertada seria adotar e não comprar, uma vez que não tínhamos nenhuma raça em específico que quiséssemos, e há muitos a precisar de uma família. 

Ao contrário do que pensávamos, o processo de procura não foi nada fácil. Só tínhamos duas exigências: que fosse ainda pequeno e que fosse um macho. Não queríamos saber se era cinzento, preto, amarelo, se tinha pelo curto, comprido, e nem mesmo se era invisual (já tínhamos visto bastantes nesta condição a precisar de uma casa). Mas dentro dos nossos requisitos, naqueles dias em que decidimos procurar, apenas existiam muito longe da nossa localidade ou vindos de pessoas sem escrúpulos (tradução: pessoas que primeiramente respondiam que o gato ainda estava para adoção e, na nossa resposta seguinte a tentar marcar uma visita, não respondiam mais mas continuavam a fazer publicações no facebook). Foi, a certo ponto, desanimador. 

Já quase a desistir (foram dias e dias de busca intensiva e conversas sem conclusão), vi uma publicação proveniente de uma localidade a 15 minutos da minha casa. Uma gatinha com cerca de ano e meio tinha sido abandonada grávida dos seus quatro bebés. Mãe e filhotes foram acolhidos por três "anjos da guarda" (um casal e uma vizinha) e tiveram direito a um primeiro mês de vida digno, seguro e saudável. A partir daí, começou a busca para encontrarem famílias que os pudessem adotar. E foi desse modo que conheci o Dobby e os seus manos. Na altura, só sabia que ficaria com um dos gatinhos mais claros, uma vez que eram os únicos machos. Não me importava qual e o outro ainda não tinha dono, por isso aquele que fizesse o desmame primeiro (de forma natural) e passasse ao patê, iria comigo e com o João para casa. 

O Dobby estáva-nos destinado, porque passado uma semana, como quem tem pressa, tinha-se tornado independente, comia inclusive um pouco de ração seca júnior, já sabia como ir à caixa de areia e mostrava vontade em ir conhecer o mundo. Estava um crescido independente de 400 gramas. Por isso, com um mês e três dias de idade, começámos a nossa jornada em conjunto e tem sido uma aventura. 

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O Dobby tem neste momento dois meses e uma semana, de 400 gramas passou a um kg e tal (para a semana saberei ao certo no veterinário). É um beijoqueiro, mas também um mordedor nato. Tem tanto de meigo como de travesso, mas um travesso natural da idade de um felino. Vê o João como aquele que tem de respeitar e vê-me a mim como o seu companheiro de brincadeiras. A ambos, trata com carinho, e é mútuo. É um gato super inteligente, que nem uma única vez fez as suas necessidades fora da caixa de areia e que se adaptou à ração seca (júnior) como "gente grande". É um mimado cheio de brinquedos que agora reinam no meio do corredor (e outros tantos espalhados pela casa). Gosta de adormecer com o focinho encostado ao ombro do João ou em cima da minha bochecha. É adorado não só por nós como pelos "avós", e tem sido motivo de visitas da família e amigos cá a casa, fazendo a delícia especialmente das crianças. 

Estamos felizes, os três. E já não nos imaginamos uns sem os outros.

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Porquê o nome Dobby?

Sendo mega fã do Harry Potter, quis homenagear o elfo doméstico mais fofo à face da terra. Uma criatura que teve tanto de querida como de teimosa, que era grato pela sua liberdade e acima de tudo, leal aos que amava.

E vá, porque o nome é super giro, certo? :P

O que acham desta minha "bola peluda"?

Eu cá acho-o o gato mais lindo à face da terra... mas sou "suspeita".

 

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