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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Ter | 30.03.21

Palavra de Mãe#3 - O único produto que me livrou da queda de cabelo no pós-parto

Nunca fui uma pessoa com cabelo farto, sempre foi fininho e sem grande graça. Para (não) ajudar, lá pela altura do final do Verão, costuma sofrer de alguma queda, que depois de uns quantos Euros gastos em champôs e ampolas XPTO para o assunto, costuma passar.

Juntarmos esta queda já regular de final de Verão a um pós-parto a partir do final de Julho (ou seja, a "caminhar" para o final da estação "crítica"), é pedir uma desgraça capilar.

Para quem não sabe, é bastante comum as mulheres sofrerem de queda de cabelo no puerpério, e dado o meu historial, já sabia que não me ia safar desse "martírio". Começou por não ser muito acentuada, mas dois meses depois do Vicente nascer, começou a aumentar e eventualmente chegou ao ponto de me cairem madeixas de cabelo completas de uma vez, mesmo tendo começado a tomar as ampolas mais "in" do mercado, tomado medicação e começado a usar champôs de prevenção logo imediatamente após ter deixado de amamentar o Vicente (que, infelizmente, teve de ser bastante cedo).

Adquiri todos aqueles produtos que quase se "metem de joelhos" para nos prometerem que resultam, cujas marcas são super conhecidas e fiáveis e que, por isso mesmo, "esticam a mão" para receber uma pequena fortuna e nós acedemos. Ligeiros e breves melhoramentos e nada mais. Havia cabelos meus por todo o lado, chão, almofadas e inclusive por cima do Vicente e da sua roupa :(

A minha mãe comentou esta minha situação chata com uma amiga que temos em comum e que é sua colega de trabalho, e ela indicou-lhe aquele que viria a ser o produto que iria salvar este cabelito; um champô à base de cafeína (e também com Keratina e as vitaminas E e F), que compra todos os anos no período da sua queda de cabelo, também no final do Verão. E o melhor de tudo? Custa oito euros (e custou-me cinco, na altura, em promoção) uma embalagem de 500 ml.

Estamos tão habituados a, supostamente, pagarmos caro por qualidade, que sinceramente desconfiei que desse resultado comigo. O que é certo é que bastaram três ou quatro lavagens para começar a notar diferença, e ao fim de uma embalagem de champô não só já não me caía cabelo de todo, como tinha (e tenho) milhares de cabelos novos a nascer e a crescer.

O champô cheira super bem (não cheira a café) e deixa o cabelo com um aspeto bastante saudável. Vou na segunda embalagem e não sei se me apetece parar tão depressa. 

A primeira embalagem comprei numa loja local, mas a segunda comprei online, devido à pandemia. Está à venda em vários sites, basta procurarem pelo champô "Bomba Café" ou "Real Natura" e irão encontrar, com uma pequena variação de valores entre sites. 

Esta dica da minha amiga "salvou-me"! Como referi no início deste post, nunca tive um cabelo farto, e aquela queda enorme estava a começar a mexer com a minha auto-estima, porque estava com um aspeto fraquíssimo. Espero que possa também ajudar outras recém-mamãs que estejam a passar pelo mesmo (ou outras pessoas que sofram do mesmo "mal"), porque pode parecer algo de pouca importância, mas efetivamente mexe connosco. E por cinco ou oito euros para 500 ml? Vale a pena "tirarem as teimas".

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Sex | 19.03.21

As cartas para os nossos Pais - Joana e Vicente

Querido Pai, 

O teu dia são todos. Porque é todos os dias, há 28 anos, que executas este papel tão bonito e tão difícil. Este ano, é um Dia do Pai a dobrar. És avô! E que feliz que eu sou por te ter como avô do Vicente. Tenho a certeza que ele sente o mesmo, porque é muito feliz quando está contigo.

Obrigado por nunca me largares a mão, e por poder contar sempre com o teu abraço e com as tuas palavras; por não te deixares intimidar pelo meu mau feitio, por me apoiares nas maiores loucuras, por nunca me teres dito que não era capaz de algo, e principalmente por me teres dito que eu era uma excelente mãe e que tinhas muito orgulho em mim por isso, no momento em que eu mais precisei de o ouvir. Não, não me esqueço. E choro a escrevê-lo.

Volto a repetir que o teu dia são todos os dias. Mas hoje, que é um dia especial, para celebrarmos uma vez mais a pessoa maravilhosa que és, aproveito para te recordar que te amo hoje e sempre. E espero que gostes das tuas pequenas surpresas do dia, pequenas mas com muito significado!

Da tua filhota (com um beijinho babado do Vicente à mistura),

Joana.

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Meu papá querido,

No ano passado só conhecia a tua voz, que ouvia constantemente na barriga da mãe. Este ano conheço o teu abraço, o teu carinho, as tuas tontices para me fazer rir, a tua paciência e o teu Amor!

Tenho 8 meses, mas quero uma vida inteira para te desejar um feliz dia do Pai e para te amar incondicionalmente, na mesma proporção que sei que me amas a mim.

Apesar de eu ser um menino da mamã, quero que saibas que estou ansioso por partilhar tantos outros bons momentos contigo, a conhecer as tuas paixões e a descobrir as minhas.

Espero que gostes daquilo que preparei para ti. Foi com muito carinho. Ainda não tenho a noção, mas terei quando me contares daqui a uns anos.

Amo-te para sempre!

Do teu "cagadinhas",

Vicente.

 

Amamo-vos muito!

 

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Seg | 15.03.21

Um ano de Covid(a)

Já fez um ano de daquilo a que chamo "Co(vid)a", numa tentativa tonta de dar aguma graça a esta "vida de Covid", que não nos larga nem por nada.

Foi há um ano atrás, completo no dia 13 de março, que para a maioria de nós (aqueles que efetivamente se importam e preocupam com o sucedido), a vida mudou. Tivemos de nos adaptar a uma forma de estar mais isolada, sem afeto dos que moram fora da nossa casa, sem vida social, e muitos sem vida profissional também, perdida pelo caminho. Outros com a nova vida adaptada ao teletrabalho e à telescola, caras enfiadas em máscaras e um frasco de álcool gel a fazer parte da toilette a trazer na mala. 

No meu caso específico, faz um ano que estava grávida, assustada, frustrada e, passo a expressão, "fula da minha vida" por ver a barriga e o bebé com que sempre sonhei crescerem longe dos que amo e que nos querem bem.

Quando nos falaram em duas semanas e, depois, um mês... nunca acreditei. O ser humano não estava preparado para parar de olhar para o seu próprio umbigo, fazer esforços por bens maiores, informar-se devidamente, IMPORTAR-SE... e por isso, a falta de tempo para pararmos, escutarmos e agirmos em conformidade com a situação trouxeram-nos, ironicamente, muito tempo (demasiado, até), para pensar no assunto.

Um ano se passou e, por aqui, o Vicente nasceu, nasceu também uma mãe, um pai, um tio e dois avós maternos (já que do lado paterno todas estas experiências já tinham sido vividas) já lá vão 8 meses. Pensei que iria "vingar-me" por não termos tido um babyshower no primeiro aniversário dele, mas agora já tenho é de me mentalizar que não irá sequer acontecer esta festa.

O Mundo está ao contrário há um ano, com tendência a continuar assim. O que não mudou foram as minhas enormes ausências por aqui, e peço desculpa uma vez mais. Desta vez, ando a aprender a ser mãe, a adaptar-me a esta nova forma de trabalhar (primeiro, com aulas de dança cheias de restrições, desinfeções e máscaras, e agora em modo online), e a gozar este tempo maravilhoso que posso ter com o Vicente a par com o João, também em teletrabalho. Este tempo para gozarmos o nosso filho a dois foi a única coisa boa que nos trouxe este vírus, e ainda assim sentimos falta de não o podermos gozar entre amigos e família.

Vamos crescendo juntos, longe da vista de todos, mas perto dos corações.

Mais uma vez, tentarei estar mais por cá.

Cuidem-se! E cuidem do próximo.