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Palavra de Bailarina

Para além de dançar o Mundo, gosto de escrevê-lo

Qua | 18.08.21

Palavra de mãe #6 - Fez um ano que o meu Amor maior nasceu (e que eu renasci com ele)

Ainda que atrasado por aqui, o aniversário do meu filhote foi no passado dia 2 de julho. Há um ano atrás vivia um misto de emoções que, boas ou más, culminavam num amor inexplicável, que transborda sem pedir licença e que nos transforma na hora. Os receios vinham com "extra" por causa da Pandemia, e meti toda a fé no facto de já poder celebrar o seu primeiro aniversário "Covid-free". Enganei-me. O Covid ainda cá estava, e na realidade a ficar descontrolado de novo. Ainda assim, tinha de celebrar o meu filho e a nossa família, recusei-me a não fazer nada como nas celebrações anteriores. Posto isto, eu e o João alugámos uma Quinta perto de nós, cheia de sombra (e cheirinho) de pinheiros e muito ar livre ao ponto de não necessitarmos de ir lá dentro (Quinta do

Alecrim). Convidámos UMA DÚZIA de pessoas (e não, não é expressão... foi mesmo a realidade) para estar connosco, na rua e com as normas que ainda assim são importantes (como a máscara quando não estávamos a comer) e, apesar de termos apenas 1/4 das pessoas que desejaríamos ter presentes, celebrámos a vida que mais amamos.

Pedi à "Mi Festas" para fazer uma "mesa do bolo" fofinha, com o tema do Dumbo e em tons pastel, que teria sido a decoração do Baby Shower que não aconteceu. Uma vez que o Vicente simpatiza com a personagem mas ainda não tem bem uma preferência, quis que assim fosse, para poder "encerrar" este capítulo de decorações e coisas bonitas sonhadas e não concretizadas na gravidez. Ficou lindo de morrer, debaixo de uma "tenda" aberta e com a natureza em volta. O amor sentiu-se de longe, de perto, e de todos os lados, mesmo daqueles que não puderam estar presentes, e mesmo por detrás das máscaras de quem teve o privilégio de estar.

Ah! E o matchy-matchy" das jardineiras do Vicente com o meu vestido são da marca portuguesa "The little jasmine". Fofinhooo!

(fotografias dos pormenores da mesa foram também tiradas pela "Mi festas")

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Mas aqui a Joana, como é, tinha de fazer desta data uma celebração de três dias. Esta "festa" que descrevi foi no dia 3 (sábado), mas antes disso, no final de Junho e no dia 2 de Julho (verdadeiro dia do aniversário) fizémos de duas sessões fotográficas (completamente distintas uma da outra), momentos de passeio e celebração em família. Nos finais de junho fomos com a querida Cláudia, fotógrafa e criadora da "I heart you photography" para o jardim do Palácio do Marquês de Pombal tirar umas fotografias em família (apenas eu, o João e o Vi). Foi a Cláudia que fez a minha sessão de gravidez e também a de família em casa, e só poderia ser ela a "celebrar" este primeiro aniversário do príncipe. Apesar da ventania, passeámos num sítio maravilhoso de Oeiras que desconhecíamos, rimos bastante e ainda ficámos com recordações maravilhosas (deixo aqui alguns dos imensos registos):

 

Ainda não contente, resolvi que, apesar dos anos do Vicente calharem uma sexta feira (dia de trabalho para toda a gente), eu iria tirar o dia, esquecer o espetáculo e o trabalho por 24 horas (iremos lá noutro post) e não só gozar o dia inteiro com o meu bebé, como também mandar fazer um bolo e ir fazer o "Smash the Cake" para o Parque da Cidade do Barreiro e cantar-lhe os parabéns. Por esta hora, o pai já se tinha juntado a nós, e ainda tivémos o privilégio da companhia dos avós maternos, do tio, e da tia e prima, que por lá passaram para deixar muitos sorrisos e beijinhos (platónicos) neste dia tão especial. Não sou de todo fotógrafa, e a luz tinha sido perfeita apenas uma ou duas horas depois, mas foi o que deu, e o que importa é que o Vicente se divertiu a "chafurdar" no bolo, a explorar a sua textura e sabor e a rir-se connosco da situação. Deixo aqui também alguns registos e uma nota: o bolo não foi desperdiçado. Nós comemos! Achavam que não? Grata aos "Doces da Lina" por um bolo delicioso, mesmo quase sem açúcar e apenas com natas vegetais.

 

Um ano depois, a pergunta mais importante que continuo a fazer a mim mesma diariamente enquanto mãe é: "O meu filho é feliz?". E todos os dias sorrio e o meu coração aquece por poder responder-me: "O teu filho é muito feliz". E isso, essa felicidade que o amor e o cuidado criam, seja meu, dos familiares ou dos amigos distantes, fisicamente ou por causa da máscara e colo nulo, é o mais importante. Nunca os olhos tiveram de expressar tanto, e os meus, meu amor pequenino, dizem-te que és a luz da minha vida, mesmo nos momentos em que temem em aparecer algumas núvens cinzentas, típicas de uma mãe receosa ou cansada.

Um mês e tal depois, quis vir aqui para deixar o meu "Feliz Aniversário" uma vez mais <3 E desejar publicamente que este seu novo ano seja cheio de calor humano, saúde e muita felicidade (não-escondida por máscaras).

Foi um ano que, apesar de difícil, teve este "bicoito" para me dar a força e o alento necessário para continuar.

 

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Ter | 17.08.21

Blogs... Old news?

Eu e este blog estamos num impasse. Somos quase aquela relação amorosa que queremos que dê certo, mesmo que não tenha tempo de ser nutrida ou já nem saibamos como manter a chama acesa, mas insistimos e insistimos, porque queremos lutar por aquele amor que já existiu e que tantos sonhos e momentos trouxe. Essa é a relação que tenho com o Palavra de Bailarina de momento. Não por falta de interesse em escrever ou ler (isso é o que aqui me mantém), mas porque, em primeiro lugar, já não sou a Joana que o iniciou. As bases e os alicerces são praticamente os mesmos, as paixões também, mas as pessoas evoluem. De repente, estava grávida pela primeira vez no meio de uma Pandemia , fui mãe, terminei o Mestrado, reiventei o meu trabalho, entre outras coisas que não me apetece nomear, e por isso estou mais madura e sinceramente ainda me estou a redescobrir enquanto pessoa, ao ponto de já nem saber muito bem o que gosto de vestir e já nem me apetecer abordar determinados assuntos por escrito. Preciso urgentemente de me encontrar primeiro; em segundo lugar, o imediatismo de redes sociais como o Instagram faz com que pairemos mais por lá, escritores e leitores, e infelizmente a esmagadora maioria dos leitores já só se intitula assim porque consegue juntar letras, fazer sílabas e dizer frases, porque parece que existe cada vez menos vontade por parte das pessoas de ler mais do que 3 linhas. E isso foi-me desmotivando ao longo do tempo. Dou por mim a escrever textos no facebook e instagram que, depois de publicados e tão debatidos, me fazem pensar: "isto dava um post". É que por vezes, parece que deixei de saber fazer um, a maior parte das vezes por achar que ninguém se vai dar ao trabalho de abrir esta página para ler.

Já foram tantas as vezes que me vim aqui desculpar com a falta de assiduidade, que se torna ridículo e sem credibilidade. A realidade é que as prioridades fazem com que as redes sociais sejam apenas para aquele lazer do "sem pensar muito nisso", e com o blog não dá para o fazer, porque se o faço, é para fazer bem. Ironicamente, agora com os tempos de pandemia, percebi o quão era importante nutrir também a parte das redes do meu projeto profissional, e isso tem-me também retirado mais tempo e energia do que alguma vez na minha vida pensei.

Enfim, desculpas, desculpas... Mas aqui estou eu para vos dizer de novo que ainda não estou pronta para que esta "relação" termine. E que enquanto não lhe dou um rumo (e acreditem, sinto que o tenho aqui na "ponta da língua", mas não descobri qual é), fico-me um pouco mais pelos posts muito-de-vez-em-quando, na esperança de que surja em mim a resposta para as novas "coreografias" deste cantinho.

Desta vez, se vir que não tem pernas para andar... então seremos apenas uma conta de Instagram. Mas seremos de consciência tranquila, de que tudo tentámos. Eu e vocês :)

Obrigado, se me leste até aqui <3 

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