Pânicos e fanicos
Tal como já referi anteriormente, existem dois "panic times" na vida de um Professor de Dança:
O Natal e o final do ano letivo.
Tendo já sobrevivido ao Natal, vem aí a "fera" maior.
Sete locais onde dou aulas... sete espetáculos de final de ano, de aulas abertas aos pais, de indumentárias personalizadas, de troca dessas indumentárias porque "ah e tal afinal prefiro o número acima", sete playlists para coreografar, mais de sete turmas para ensaiar (neste momento, cerca de 80 alunos), dúvidas existenciais, mil incertezas de estar cá na altura do espetáculo e mil pensamentos de "é melhor este ficar numa ponta para não haver confusão com os lugares se não puder estar presente!", muitos ensaios extra, alguns (vá, para não ser mentirosa, MUITOS) gritos e fanicos, carradas de "como é que consigo estar em três lugares ao mesmo tempo?"... e para ajudar à festa, no meio de tudo isto há ainda todo um projeto a ser lançado ao mesmo tempo e a necessitar do meu tempo, carinho e atenção... e ainda os ensaios do "Projeto nº2", o único em que deixo de ser professora para ser aluna... e uma coreografia que tenho de criar e ensaiar com um casal de pombinhos noivos que querem abrir a pista de dança do seu copo de água em grande estilo... Ah, e mais formações, cursos e workshops em que achei por bem inscrever-me há algum tempo (em algum estado de graça ou momento zen em que de facto acreditei ser capaz de ainda enfiar mais um buraquito no meu tempo).
Não me queixo mais porque amo o que faço. Mas nestes momentos (e vá, sendo eu um animal alimentado por tudo o que é stress e ansiedade) acho que também tenho o direito de panicar.
Nenhuma psicóloga a querer patrocinar aqui a Ju? Psicólogas de todo o país (mundo, talvez) vão pensando no assunto, porque para o ano é tudo isto e a acrescentar talvez o "regresso à faculdade".