Setembro, voltamos a encontrar-nos
Querido mês de Setembro,
Sabes que és um misto de emoções para mim, não sabes? Sempre foste. Não há mês que me faça ter mais vontade de roer as unhas até deixar de as ver. Podia ser o Dezembro, que me deixa de rastos. Podia ser o Junho, que me deixa louca. Mas não... és tu, Setembro. Porque pior do que o trabalho (trabalhão) para terminar um ano lectivo, é a expectativa de começar um novo. As inseguranças. O entusiasmo, e ao mesmo tempo, os medos. A expectativa. O fechar de um ciclo e o iniciar de outro.
Como professora de Dança, bailarina e (só porque tenho algumas tendências masoquistas) de novo aluna universitária, tenho de ser inteligente na utilização dos meus "Setembros". Tenho de tomar decisões. Modificar. Mexer. Manter. Tenho de construir um puzzle digno de campeonato... meaning: o meu horário, onde encaixo peça a peça do meu dia-a-dia como se de uma arte se tratasse.
És uma carga de trabalhos, Setembro. Arrancas-me do meu modo ZEN sem dó nem piedade e atiras-me de novo aos leões. Em Julho pareces sempre tão distante...e num piscar de olhos vens ter comigo outra vez, a gritar-me: "Abre os olhos, que já é de dia."
Ainda assim, bem-vindo Setembro. Sei que não te posso vencer, por isso junto-me a ti. Sempre entre os meus medos e as minhas inseguranças, mas essencialmente com o meu entusiasmo e vontade de batalhar uma vez mais. Os novos ciclos são maravilhosos. Dê por onde der, são oportunidades de nos auto-propormos a melhorias. Em nós, no que fazemos, no que somos, no que nos rodeia.
O ano passado lembro-te pelas lágrimas de desilusão e sensação de impotência. Mas com o passar dos outros meses, entendo que só me quiseste preparar para um outro Setembro. Este. Porque este ano, vais-me ajudar a relembrar-te pelos sorrisos, certo?
Vamos então a isso :)