Já o era, nem há um ano. Hoje, a maldade humana (no seu lado mais nojento, preverso e egoísta) relembrou o luto, o pânico, o desespero... tudo em poucas horas, em dimensão astronómica. Não sei onde este Mundo vai parar, e tenho muito medo de descobrir. O meu lado ignorante diz-me: "tem ainda mais medo do que está neste momento a caminho do teu país." Espero estar enganada. Até lá, o meu coração está em Paris. (...)
Só soube da notícia quando cheguei a casa. Passei o dia em completa ignorância. Estou em choque. Se este é o preço a pagar pela liberdade de expressão, então tal conceito é uma completa ilusão. Lamento (de todas as formas possíveis) esta tragédia em Paris. Que seja feita justiça.
Quando lá estive, era Natal. Achei tudo tão mágico que prometi que, quando lá voltasse, seria pela mesma altura do ano. Bem dito, bem feito. Para resumir Paris: inspiradora. Nem mesmo o frio e a chuva pára aquele lugar, a sua agitação, a sua elegância, a sua essência. Em 4 dias, tive de (re)ver o essencial, e acho que o fiz com sucesso, em excelente companhia. Continuo sem grande tempo e/ou inspiração para escrever uma descrição abismal sobre a estadia e (...)
Quando tinha cerca de 10 anos, numa mágica véspera de Natal, os meus pais entregaram-me um envelope. Naqueles nano-segundos em que o abria, fiquei a pensar: "Será que já estou na idade de começar a receber dinheiro em vez de brinquedos e não sabia?". Mas não era dinheiro... era a maior prenda que já recebi, uma prenda que nunca poderia ter cabido em nenhum embrulho natalício. Bilhetes... bilhetes de passagem de comboio de Lisboa para Hendaye, e de lá diretamente para (...)